Com expectativas de chuva para as regiões brasileiras produtoras de café arábica, os contratos futuros da variedade recuaram na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o que pressionou os valores também no Brasil. Esse cenário intensificou a retração produtora e reduziu a liquidez no mercado. Nessa terça-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 450,23/saca de 60 kg, queda de 1,9% frente à terça anterior, 19. No mercado de robusta, agentes também permanecem recuados e o ritmo de negócios é baixo. Nessa terça, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 394,35/saca de 60 kg, baixa de 3,06% em relação ao dia 19.
ARROZ: COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA, APESAR DO PERÍODO DE ENTRESSAFRA
As cotações do arroz em casca seguem em queda no Rio Grande do Sul, apesar do período de entressafra. Segundo pesquisadores do Cepea, as desvalorizações refletem a retração das vendas de parte da indústria e o maior volume ofertado por alguns orizicultores, que, apreensivos com as desvalorizações, disponibilizaram lotes para “fazer caixa” e cumprir com compromissos de safra. Assim, entre 19 e 26 de setembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, caiu 2,17%, fechando a R$ 36,72/saca de 50 kg no dia 26, o menor valor nominal desde setembro/15.
ALGODÃO: INDICADOR SE ESTABILIZA E LIQUIDEZ DIMINUI NO MERCADO INTERNO
Os preços do algodão em pluma vêm oscilando no mercado interno, ora pressionados pela flexibilidade nos preços de alguns vendedores e pelos baixos valores ofertados pela indústria, ora sustentados pela firmeza de outros vendedores quanto aos preços pedidos. Nesse cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu ligeiro 0,27% entre 19 e 26 de setembro, fechando a R$ 2,4109/lp nessa terça-feira, 26. Na parcial do mês (até o dia 26), no entanto, o Indicador registra queda de 2,04%. Quanto à liquidez, segundo colaboradores do Cepea, está lenta, já que boa parte das indústrias está fora do mercado, recebendo a pluma previamente contratada e na expectativa de desvalorizações nas próximas semanas.
MAMÃO: COM MANCHAS, FORMOSA SE DESVALORIZA EM 30%
Os preços do mamão formosa recuaram 30% no Espírito Santo e na Bahia entre 18 e 22 de setembro, refletindo o aumento do volume nas regiões produtoras (devido às temperaturas elevadas e à colheita de novas roças) e, principalmente, a menor qualidade da variedade, que apresenta manchas e pintas. Segundo produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea, manchas fisiológicas têm sido observadas em praticamente todos os estados produtores, com exceção do Rio Grande do Norte e do Ceará, onde o ritmo de comercialização está satisfatório e os preços subiram no período.