Com a colheita do café robusta da safra 2018/19 praticamente finalizada no início deste mês, as primeiras floradas da temporada 2019/20 da variedade já começam a ser observadas no Brasil. Com produtores consultados pelo Cepea atentos às floradas, as negociações de robusta seguem limitadas. Além disso, muitos cafeicultores estão retraídos, à espera de preços mais elevados. Apesar das recentes quedas nas cotações externas, a valorização do dólar e o leve aquecimento da demanda sustentaram os preços internos do robusta nos últimos dias. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 320,69/saca de 60 kg nessa terça-feira, 14, alta de 1,0% frente à terça anterior, 7. Quanto ao arábica, o clima mais úmido neste início de mês atrapalhou a colheita nas principais praças produtoras consultadas pelo Cepea e pode prejudicar também a qualidade da bebida de uma parcela dos grãos. Quanto ao mercado físico, apesar de a liquidez seguir baixa, os avanços do dólar e das cotações externas do arábica impulsionaram os preços internos do arábica nos últimos dias, cenário que permitiu o fechamento de alguns negócios no spot. Nessa terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 426,15/saca de 60 kg, elevação de 0,8% em relação à terça anterior.
ARROZ: MERCADO DE ARROZ TEM RITMO LENTO NA PRIMEIRA QUINZENA DE AGOSTO
As negociações de arroz em casca no Rio Grande do Sul apresentaram ritmo lento nesta primeira quinzena de agosto. Algumas indústrias consultadas pelo Cepea priorizaram apenas as compras de arroz depositado em seus armazéns, devido às dificuldades do repasse das altas do casca para o beneficiado, enquanto outras estiveram fora de mercado, trabalhando apenas com o produto já comprado. Além disso, algumas beneficiadoras adquiriram novos lotes de arroz “livre” (armazenados nas propriedades rurais) para repor seus estoques. Do lado vendedor, alguns orizicultores disponibilizaram lotes, devido à necessidade de “fazer caixa” e atender aos compromissos bancários. Outros, optaram em negociar outras commodities, como a soja, por exemplo. Entre 7 e 14 de agosto, o Indicador do arroz em casa ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, caiu leve 0,09%, fechando a R$ 43,84/sc de 50 kg, no dia 14.
ALGODÃO: COLHEITA AVANÇA E PREÇOS SE MANTÊM EM QUEDA
Com o avanço da colheita da safra 2017/18 e da entrega de contratos, vendedores consultados pelo Cepea ficam mais ativos no mercado spot e flexíveis nos valores pedidos pela pluma. Compradores, por sua vez, atentos a esse cenário e a estimativas indicando a maior produção nacional em seis anos, pressionam os valores nas aquisições para entrega rápida. Nesse cenário, os preços internos se mantêm em queda. De 7 a 14 de agosto, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,7%, fechando a R$ 3,2425/lp nessa terça-feira, 14.
MAÇÃ: RETORNO DAS FÉRIAS ESCOLARES E RECEBIMENTO DE SALÁRIOS IMPULSIONAM VENDAS
As vendas de maçãs foram satisfatórias entre 6 e 10 de agosto, devido, principalmente, ao recebimento dos salários e ao retorno das férias escolares. Assim, nessa semana, a cotação da gala Cat 1 miúda foi de R$ 42,25/cx de 18 kg na região de Vacaria (RS), alta de 4% frente à semana anterior. Além disso, a disponibilidade de maçãs no mercado se reduziu com a saída de pequenos produtores, o que pode colaborar para uma menor pressão nas cotações e diminuição da oferta de frutas armazenadas em atmosfera normal (AN) no mercado. É importante ressaltar que a variedade que tem apresentado ritmo mais aquecido de vendas é a gala, por conta da maior quantidade na safra 2017/18 quando comparada à fuji.