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Café: Preços Têm Fortes Altas em 2021 e Atingem Recordes Nominais

Publicado 06.01.2022, 14:09
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O ano de 2021 foi marcado pela acentuada alta nos preços dos cafés arábica e robusta. Assim, os valores de ambas variedades atingiram recordes nominais das respectivas séries históricas do Cepea. 

No primeiro semestre de 2021, as cotações foram impulsionadas pela perspectiva de menor produção na safra 2021/22. Além da bienalidade negativa do café arábica, a seca durante a maior parte do desenvolvimento dos cafezais limitou o potencial produtivo da temporada. Segundo a Conab (dezembro/21), o volume colhido em 2021/22 foi de 47,7 milhões de sacas de 60 kg, queda de 24,4% em relação à temporada 2020/21. O USDA, por sua vez, indicou que esta temporada brasileira finalizou com 56,3 milhões de sacas colhidas, redução de 19,4% frente à safra anterior.  

No segundo semestre de 2021, o movimento de alta nos preços dos cafés, especialmente nos do arábica, foi ainda mais expressiva, sendo reforçado por novas preocupações com a oferta do grão e com a logística mundial da cadeia. No Brasil, o período prolongado de seca e as geadas ocorridas no inverno trouxeram novos danos aos cafezais de arábica e devem levar à significativa quebra de produção na temporada 2022/23 (bienalidade positiva). No Vietnã e na Colômbia, a ocorrência do fenômeno La Niña – ainda que de intensidade entre fraca e moderada, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) – também têm mantido agentes em alerta e as cotações do café, em alta. Ressalta-se, ainda, que o elevado preço do arábica elevou a demanda das torrefadoras ao redor do globo pelo robusta. 

Quanto à logística, está sendo prejudicada desde 2020, devido à pandemia. Agentes colaboradores do Cepea relatam falta de espaço e de contêineres nos navios, o que vêm resultando em atraso dos embarques e até mesmo em cancelamento de booking ao redor do globo. Custos mais altos também preocupam. Esse cenário, por sua vez, tem levado ao rápido consumo dos estoques certificados nos países consumidores.

Mesmo com as cotações elevadas, os negócios no spot nacional ocorreram de forma mais lenta em 2021, sobretudo no segundo semestre. Isso porque muitos produtores de arábica negociaram de forma antecipada – ainda em 2020 – elevado volume do grão a preços inferiores aos posteriormente registrados no físico nacional. Assim, o percentual de café disponível no spot no segundo semestre foi menor e, diante da expectativa de novas valorizações até 2022, vendedores negociaram apenas pequenos lotes nos últimos meses de 2021. Já para o robusta, com a rápida valorização da variedade, cafeicultores conseguiram se capitalizar mesmo com um volume mais baixo de vendas em 2021 e preferiram aguardar novas altas para voltar a comercializar o grão. 

ARÁBICA – No segundo semestre de 2021, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, se aproximou dos R$ 1.500/sc de 60 kg. No dia 6 de dezembro/21, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, atingiu a R$ 1.487,58/sc, o maior patamar real desde dezembro de 1999 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de novembro de 2021). Na parcial da safra 2021/22 (de julho/21 a 30 de dezembro/21), a média do Indicador do arábica foi de R$ 1.171,42/saca, expressiva alta de 68% em relação ao mesmo período de 2020/21. 

ROBUSTA – Na parcial da safra 2020/21 (de julho/21 a 30 de dezembro/21), a média do Indicador do robusta foi de R$ 726,72/sc, elevação de 49% frente ao mesmo período da temporada passada, e a segunda maior para o período, considerando-se o mesmo período dos anos-safras anteriores. A média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do robusta em dezembro foi de R$ 830,77/sc, a segunda maior da série, em termos reais, atrás apenas da registrada em novembro de 2016, de R$ 874,02. 

EXPORTAÇÕES – De acordo com o Cecafé (Conselho de Exportadores de Café), na parcial desta safra (de julho/21 a novembro/21), os embarques totais somam 15,3 milhões de sacas e os de cafés verdes, 13,6 milhões, respectivas quedas de 24,5% e de 26,8% frente ao mesmo período de 2020/21. Além da menor produção em 2021/22, o Conselho aponta que os problemas logísticos também limitaram as exportações do grão em 2021. Considerando-se apenas arábica, os embarques na parcial desta temporada somam 12,1 milhões de sacas, 25,3% inferiores aos do mesmo período da safra anterior. Para o robusta, foram 1,5 milhão de sacas escoadas de julho a novembro de 2021, queda de 36,9%. Por outro lado, a receita totalizou U$S 2,5 bilhões para os embarques totais na parcial da temporada, aumento de 4,4% frente ao mesmo período de 2020/21, resultado do forte avanço dos preços em 2021/22. 

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