As médias dos cafés arábica e robusta na parcial desta temporada 2018/19 (de julho a novembro/18) estão abaixo das registradas no mesmo período da safra anterior, conforme indicam dados do Cepea. Do início da temporada até setembro, os valores recuaram com força, devido à safra volumosa, ao câmbio e à queda no mercado internacional. Porém, em outubro, o avanço externo e a maior demanda impulsionaram os preços. Já a partir de novembro, as boas perspectivas quanto à safra 2019/20 voltaram a pressionar as cotações do café. Na parcial desta temporada, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está em R$ 436,08/saca, recuo de 13% em relação ao mesmo período de 2017/18, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de outubro/18). Quanto ao robusta, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima está em R$ 330,25/saca de 60 kg nesta safra 2018/19, 24,4% inferior à do mesmo período da temporada passada, em termos reais.
ARROZ: INDICADOR ESTÁ NA CASA DOS R$ 40,00/SC HÁ UMA SEMANA
Desde o dia 27 de novembro, o Indicador do arroz em casca ESALQ/Senar-RS está na casa dos R$ 40,00/saca de 50 quilos. Nessa terça-feira, 4, o Indicador fechou a R$ 40,29/sc. Segundo pesquisadores do Cepea, essa estabilidade está atrelada à “queda de braço” entre agentes do setor. Enquanto boa parte das indústrias tem trabalhado com o arroz depositado em seus armazéns, orizicultores disponibilizam seus lotes apenas quando há necessidade de “fazer caixa”, para cumprir com os compromissos de safra. No campo, os trabalhos de semeio da safra 2018/19 estão praticamente finalizados e, de modo geral, o clima vem favorecendo a germinação e a emergência dos grãos.
ALGODÃO: PREÇO OSCILA, MAS TERMINA MÊS ESTÁVEL
As cotações do algodão em pluma fecharam novembro praticamente estáveis, de acordo com dados do Cepea. Em boa parte do mês, porém, os valores oscilaram. No acumulado de novembro (de 31 de outubro a 30 de novembro) o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu apenas 0,06%, fechando a R$ 2,9529/lp no dia 30. Agentes de indústrias e comerciantes consultados pelo Cepea afirmaram dificuldades em encontrar a pluma dentro das características desejadas. Cotonicultores, por sua vez, estiveram poucos ativos, alegando que boa parte da produção da safra 2017/18 já está comprometida.
TOMATE: PREÇOS TERMINAM NOVEMBRO EM QUEDA
O tomate salada longa vida 3A se desvalorizou nos principais atacados brasileiros na última semana de novembro (entre 26 e 30/11), de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. No Rio de Janeiro, a média foi de R$ 73,69/cx de 20 kg (-17,28%). Devido à baixa oferta no estado, atacadistas cariocas disponibilizaram produtos de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Paty do Alferes está na reta final da segunda parte da safra de inverno e, por isso, há maior quantidade de tomates ponteiros. As Ceasas de São Paulo e de Campinas (SP) comercializaram a R$ 72,26/cx e a R$ 67,31/cx na última semana do mês, ambas com 6% de baixa, e Belo Horizonte (MG), a R$ 68,62, queda de 4,69%.