O mês de agosto foi marcado por ligeiras altas nos preços domésticos dos cafés arábica e robusta. Todavia, mesmo com as leves valorizações, a liquidez seguiu baixa, tanto no mercado doméstico quanto para exportação, visto que os agentes estiveram bastante retraídos para a realização de negócios, segundo informações levantadas pelo Cepea. Na média de agosto, o preço do arábica fechou a R$ 826,89 por saca de 60 kg, elevação de 0,9% frente ao de julho. Para o robusta, o valor médio ficou 0,6% acima do de julho, a R$ 653,22/sc. Diante desse cenário, o ritmo de comercialização foi lento no último mês. Isso porque, para o arábica, os valores oferecidos não têm agradado aos vendedores; já para o robusta, o principal problema é a oferta bastante limitada, o que tem feito produtores segurarem o produto, aguardando por altas mais significativas para então ofertar maiores volumes.
ARROZ: APÓS AVANÇO DE 12% EM AGOSTO, INDICADOR SEGUE FIRME
Depois de registrarem elevação de 12,06% em agosto, os preços do arroz em casca seguem em alta neste início de setembro, se aproximando da casa dos R$ 100,00/saca de 50kg, conforme apontam dados do Cepea. Agentes indicam que os valores podem continuar subindo, com possibilidade de alcançarem os patamares observados durante a pandemia de covid-19, próximo dos R$ 106/sc. Os aumentos seguem atrelados à forte demanda e à menor oferta. SAFRA 2023/24 – Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apontam que a área total a ser semeada no estado deve ser de 902,4 mil hectares, aumento de 7,5% em relação ao verificado na safra2022/2023, de 839,9 mil hectares. A Emater/RS estima produtividade de 8.359kg/ha, com produção de 7,5 milhões de toneladas, aumento de 4,19% em comparação com as 7,2 milhões de toneladas produzidas na safra anterior.
ALGODÃO: INDICADOR SOBE PELO 3º MÊS CONSECUTIVO
Os valores do algodão em pluma acumularam o terceiro avanço mensal consecutivo em agosto. Esse cenário foi verificado mesmo com o progresso da colheita e do beneficiamento da temporada 2022/23. De acordo com pesquisadores do Cepea, cotonicultores se mantiveram afastados do mercado spot, atentos às atividades do campo e priorizando a entrega de contratos a termo. Produtores ativos, por sua vez, estiveram firmes nos preços pedidos nas novas negociações, fundamentados nas valorizações externas. Do lado da demanda, agentes de indústrias indicaram reação no desempenho das vendas ao longo da cadeia têxtil, o que já levou algumas fábricas a demandarem mais volumes de matéria-prima. Assim, compradores com mais necessidade precisaram ceder e pagar os valores pedidos por vendedores, especialmente para a pluma de qualidade superior.