Negócios pontuais envolvendo os cafés arábica e robusta têm sido observados no spot nacional. Conforme colaboradores do Cepea, o andamento da colheita no Brasil tem deixado produtores mais ativos no mercado, visto que muitos precisam se capitalizar. Os preços, por sua vez, reagiram nos últimos dias – vale lembrar que os atuais patamares são os mais baixos desde 2013 –, influenciados por altas nos valores externos do arábica e do robusta. Nessa terça-feira, 14, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 383,24/saca de 60 kg, alta de 1,7% em relação à terça anterior, 7. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 276,12/sc de 60 kg nessa terça, 3,7% superior ao da terça anterior, 7. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar das valorizações pontuais, os baixos patamares internos e externos dos preços seguem preocupando o setor cafeeiro.
ARROZ: COM INDÚSTRIA ATIVA, LIQUIDEZ AUMENTA NO RS; PREÇO SEGUE ESTÁVEL
A liquidez esteve elevada no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, as beneficiadoras do estado mantiveram o interesse por novas aquisições, com o objetivo de repor estoques. Do lado produtor, alguns estiveram mais ativos, devido à necessidade de “fazer caixa” para cumprir com pagamentos de safra. Já outros, que também trabalham com outras commodities, seguiram retraídos – os produtores que venderam soja antecipada estão mais capitalizados, recuados para a venda de arroz. Nesse cenário, as cotações permaneceram praticamente estáveis na última semana. Entre 7 e 14 de maio, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros subiu ligeiro 0,16%, fechando a R$ 44,14/sc de 50 kg nessa terça-feira, 14 – na parcial do mês, porém, o Indicador registra alta de 2,7%.
ALGODÃO: À ESPERA DA NOVA SAFRA, COMPRADOR RECUA E PREÇO CAI
Compradores de algodão em pluma seguem retraídos do mercado, trabalhando com o produto já contratado e no aguardo do avanço da colheita da nova temporada, o que tem deixado a comercialização ainda mais enfraquecida. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nos preços internacionais (Cotlook A e dos contratos na Bolsa de Nova York) também influenciou a retração de indústrias. Para corretores e comerciantes, as negociações também estão lentas. Neste caso, o desafio está em “casar” os valores entre indústria e produtor. Boa parte dos lotes apresenta alguma característica de cor, micronaire e/ou fibra. Do lado produtor, cotonicultores estão finalizando as entregas de contratos ou disponibilizando no spot os saldos da safra 2017/18. Agentes também seguem atentos às lavouras da safra 18/19, que apresentam bom desenvolvimento na Bahia e em Mato Grosso, e ao elevado volume a ser colhido. Nesse cenário, de 7 a 14 de maio, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,5%, fechando a R$ 2,8706/lp nessa terça-feira, 14. Na parcial de maio (até o dia 14), o Indicador acumula queda de 2,6%.
MELANCIA: CLIMA E QUALIDADE REDUZEM DEMANDA E PRESSIONAM COTAÇÕES
Os preços da melancia caíram em Uruana (GO) nos últimos dias, refletindo tanto o leve amento da oferta na região quanto a menor demanda nos principais centros consumidores. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, além do clima mais ameno nos últimos dias – que desestimula o consumo da fruta –, a menor qualidade dos poucos frutos remanescentes de São Paulo e os elevados patamares de preços observados nas últimas semanas têm limitado a aceitação do produto. Nesse cenário, os valores pagos ao produtor tiveram ligeiro recuo, com a fruta graúda (>12 kg) sendo comercializada, em média, a R$ 0,92/kg na semana entre 6 e 10 de maio, valor 5,7% inferior ao da semana anterior. Vale lembrar que as cotações têm variado conforme o tamanho da melancia, visto que, no geral, poucas frutas ultrapassaram os 14 kg.