De acordo com pesquisas do Cepea, os preços domésticos do café arábica estão em forte ritmo de alta. Especificamente no dia 25, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor e posto na capital voltou a superar os R$ 500,00/saca de 60 kg. Nessa terça-feira, 26, o Indicador fechou a R$ 499,61/saca de 60 kg, expressivo aumento de 8% frente à terça-feira anterior, 19. O impulso vem do avanço dos preços externos do grão, devido, especialmente, a movimentos técnicos. Além disso, preocupações quanto à oferta de café arábica também influenciam as altas. Quanto ao robusta, os preços subiram, também como resultado da elevação dos valores externos, que, por sua vez, acompanharam os ganhos do arábica. Na terça-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 311,46/sc de 60 kg, aumento de 2,9% em relação ao dia 19.
ARROZ: NEGOCIAÇÕES INTERNAS SEGUEM LENTAS
Os preços do arroz em casca estão firmes no mercado gaúcho, segundo informações do Cepea. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada para o estado do Rio Grande do Sul) registrou aumento de 0,47% entre 19 e 26 de novembro, fechando a R$ 46,76/sc de 50 kg na terça-feira. Beneficiadoras têm trabalhado com o produto já adquirido, mas indicam interesse em novas compras no spot – elas sinalizam ter estoques suficientes até o início da próxima temporada, caso as vendas não sejam alavancadas. Diante da forte valorização do dólar frente ao Real, indústrias gaúchas consultadas pelo Cepea apontam que a concorrência com o arroz importado também deve continuar dificultando as comercializações. Orizicultores, por sua vez, estão menos presentes no mercado. Parte dos vendedores está capitalizada e tem expectativa de que o preço da saca possa aumentar nas primeiras semanas de 2020, fundamentados no período de entressafra e colheita mais tardia. Entretanto, alguns comercializaram lotes para entregas programadas nas próximas semanas e recebimento nos primeiros meses do próximo ano.
ALGODÃO: APESAR DA BAIXA LIQUIDEZ, PREÇO SOBE
Após alguns compradores consultados pelo Cepea, inclusive da região Nordeste, se abastecerem no final de outubro e no início de novembro, o mercado de algodão em pluma apresenta baixa liquidez neste encerramento de mês. Os poucos negócios realizados envolvem pequenos volumes para entregas imediatas – algumas indústrias têm interesse em adquirir novos lotes apenas no início de 2020. Apesar desse cenário, pesquisas do Cepea apontam que os preços voltaram a subir, influenciados pela baixa oferta de pluma de qualidade. Entre 19 e 26 de novembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 2,2%, fechando em R$ 2,6179/lp nessa terça-feira, 26. Em novembro (até o dia 26), o Indicador acumula alta de 4,2%. Do lado vendedor, boa parte permanece focada nos embarques referentes aos contratos a termo. Ainda assim, alguns vendedores consultados pelo Cepea ofertam a pluma no spot, mas os compradores interessados alegam dificuldades em encontrar o produto desejado – os lotes disponíveis seguem apresentando ao menos uma característica (cor, resistência, micronaire, comprimento de fibra ou heterogeneidade).