Os valores internos dos cafés arábica e robusta estão em queda no mercado brasileiro, de acordo com dados do Cepea. Para o arábica, a pressão está atrelada à baixa verificada no mercado internacional e ao recuo do dólar e, para o robusta, à menor procura pelo grão. Na terça-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 431,90/saca de 60 kg, queda de 0,87% em relação à terça anterior, 27 de fevereiro. De modo geral, agentes permanecem retraídos, cenário que tem mantido baixa a liquidez interna. Quanto ao robusta, o recuo foi mais intenso. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 307,05/saca de 60 kg na terça, baixa de 3,67% em relação a 27 de fevereiro.
ARROZ: INDÚSTRIAS PRESSIONAM VALORES COM AVANÇO DA COLHEITA
A comercialização de arroz em casca no Rio Grande do Sul segue enfraquecida neste início de março, segundo afirmam pesquisadores do Cepea. À espera do avanço da colheita da safra 2017/18, apenas indústrias com interesse em repor estoque estiveram presentes no mercado nos últimos dias, dando preferência ao arroz depositado em seus armazéns e ofertando valores inferiores aos de períodos anteriores. Outras indústrias, que seguem trabalhando com o arroz já adquirido, se retiraram do mercado spot. De 27 de fevereiro a 6 de março, o Indicador do arroz em casa ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou queda de 0,28%, fechando a R$ 35,14/sc de 50 kg na terça-feira, 6. Em todo o mês de fevereiro, o Indicador acumulou retração de 2,15% - depois de recuar 4,1% no primeiro mês de 2018.
ALGODÃO: INDICADOR SOBE QUASE 4% EM SETE DIAS
Pesquisadores do Cepea afirmam que os preços do algodão em pluma estão em alta no mercado brasileiro, com vendedores firmes e a necessidade de aquisição de demandantes, que estão em busca especialmente de pequenos volumes da fibra. De 27 de fevereiro a 6 de março, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 3,84%, fechando a R$ 2,9376/lp na terça-feira, 6, o maior patamar nominal desde o dia 29 de abril de 2011. Quanto às vendas internacionais, segundo dados da Secex, de janeiro para fevereiro, os embarques caíram 31,3%, chegando a 54,3 mil toneladas, mas o volume está bem maior que o de fevereiro/17 (23,2 mil toneladas). Em relação à importação, o volume de 228,7 toneladas aumentou significativamente no comparativo com janeiro/18 (quando foram importadas apenas 98,2 toneladas), enquanto registrou baixa de 95,4% frente a fev/17, ainda de acordo com a Secex.
MANGA: PREÇO DA TOMMY SOBE MAIS DE 20% EM UMA SEMANA; PALMER RECUA
A manga tommy continua se valorizando de forma rápida e expressiva no Vale do São Francisco (PE/BA). De 26 de fevereiro a 2 de março), a média foi de R$ 1,59/kg, alta de 23% frente aos R$ 1,30/kg do período anterior. O baixo volume nacional da variedade explica as elevações. Segundo mangicultores consultados pelo Hortifruti/Cepea, a tendência é de que os preços da tommy continuem subindo na região, já que o volume tende a continuar baixo no País todo – alguns produtores, mais otimistas, pensam em preços na casa dos R$ 2,00/kg nos próximos dias. Por outro lado, as cotações da palmer no Vale recuaram 17% entre a semana passada e a anterior. Com os preços bem abaixo dos da tommy, a palmer nordestina ainda concorre com o grande volume de frutas paulistas, que continuam interessantes aos atacadistas de São Paulo. Na semana passada, a palmer foi comercializada no Vale com média de R$ 1,04/kg, enquanto no atacado de São Paulo (SP) o valor médio foi de R$ 2,78/kg (-2%).