As cotações domésticas do café robusta ultrapassaram os R$ 700/saca de 60 kg neste início de setembro. Nessa quarta-feira, 8, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 734,09/sc, forte avanço de 43,08 Reais por saca (ou de 6,23%) frente ao dia 31 de agosto e um novo recorde nominal, considerando-se toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2001. O impulso vem dos avanços nos futuros negociados na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), da maior demanda no Brasil e da relativa retração de vendedores, conforme apontam pesquisadores do Cepea.
SUÍNOS: EMBARQUES SÃO OS MENORES EM SEIS MESES
As exportações de carne suína recuaram em agosto, chegando ao menor volume em seis meses. De acordo com dados da Secex, foram escoadas 89,9 mil toneladas de carne suína (entre produtos processados e in natura) em agosto, volume 11,3% menor que o de julho e 8,1% abaixo do exportado em agosto/20. Agentes do setor indicam que a demanda internacional até está aquecida, mas os embarques do mês foram limitados por dificuldades logísticas. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nas vendas externas desfavoreceu a liquidez do animal ao longo do mês, devido à menor presença das agroindústrias nas compras de novos lotes de suíno vivo para abate no mercado independente.
ALGODÃO: MESMO COM MELHORA NA LIQUIDEZ, VALORES RECUAM
Após atingir recorde nominal no dia 30 de agosto (R$ 5,4748/lp), o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 5,4233/lp nessa quarta-feira, 8, queda de 0,94% nesse período. Segundo informações do Cepea, os preços foram influenciados pela queda dos valores externos, apesar de as negociações internas estarem ligeiramente mais aquecidas. De modo geral, produtores nacionais têm elevado o volume de oferta de novos lotes no spot, no intuito de aproveitar os atuais valores da pluma. Do lado comprador, empresas estão mais ativas, mas evitam adquirir volumes expressivos.