As cotações do café arábica registraram elevação expressiva na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento esteve atrelado à valorização do dólar frente ao Real e à recuperação dos futuros da variedade, além da maior demanda, especialmente para cafés de qualidade superior. A alta dos preços não permitiu negociações apenas no físico, mas também no mercado futuro, com negócios para 2020 fechando em patamares próximos dos R$ 500/sc. Apesar da queda dos valores nessa segunda-feira e da estabilidade na terça, no balanço dos últimos sete dias (entre 5 e 12 de novembro), o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, registrou alta de 18,7 Reais por saca de 60 kg (4,2%), fechando a R$ 464,57/saca de 60 kg no dia 12.
ARROZ: INDICADOR SE MANTÉM ACIMA DOS R$ 46/SC
Os valores do arroz em casca se mantêm firmes no Rio Grande do Sul, segundo pesquisas do Cepea. O excesso de chuvas nos últimos dias causou enchentes em algumas regiões do estado, e produtores comentam que houve até a necessidade de replantio. A demanda, por sua vez, está estável, com indústrias comprando apenas para atender à demanda de curto prazo. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, fechou a R$ 46,27/sc de 50 kg na terça-feira, 12, recuo de 0,58% na parcial de novembro (até o dia 12). Vale ressaltar que, na semana passada, a movimentação por parte de agentes da região da Zona Sul do estado gaúcho aumentou, com intuito de completarem um navio para exportação.
ALGODÃO: VENDEDOR FIRME ELEVA INDICADOR EM QUASE 2% NA PARCIAL DO MÊS
Os preços do algodão em pluma estão em alta no mercado interno. Entre 31 de outubro e 12 de novembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, aumentou 1,82%, fechando a R$ 2,5575/lp nessa terça-feira, 12. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta do dólar frente ao Real neste início de novembro e o atual patamar elevado dos preços internacionais têm deixado vendedores, especialmente tradings, firmes nos valores pedidos. Alguns vendedores estão com boa parte da produção comprometida e, neste momento, cumprem contratos já realizados. Por outro lado, algumas indústrias e comerciantes com necessidade de lotes com melhor qualidade até se dispuseram a pagar mais pela pluma, mas sinalizam dificuldades em obter lotes disponíveis.
MELANCIA: BAIXA OFERTA E DEMANDA FIRME GARANTEM ALTA NOS PREÇOS
As cotações da melancia subiram de 4 a 8 de novembro na Bahia e em São Paulo, segundo informações da equipe Hortifrúti/Cepea. A graúda (>12 kg) foi comercializada a R$ 0,96/kg em Teixeira de Freitas (BA), aumento de 9,6% frente à semana anterior. Em Itápolis (SP), a de mesmo calibre foi vendida a R$ 0,92/kg, elevação de 6,8% no mesmo comparativo. Segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, os aumentos estão atrelados ao restrito volume ofertado e ao clima quente, que garante demanda firme. Assim, este início de novembro tem registrado boas cotações – na primeira semana de novembro de 2018, por exemplo, o valor pago pela graúda foi de R$ 0,75/kg na média das duas regiões.