Os preços domésticos do café arábica subiram significativamente nos últimos dias, impulsionados pela expressiva recuperação externa e pelo avanço do dólar frente ao Real. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 424,04/saca de 60 kg, alta de fortes 6,8% (ou 27,24 reais por saca) em relação à terça-feira anterior, 18. Segundo colaboradores do Cepea, agentes seguiram mais ativos no mercado, possibilitando o fechamento de negócios. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a valorização dos futuros do café arábica foi reflexo de fatores técnicos e preocupações quanto ao clima no Brasil. Para o robusta, os preços domésticos também foram impulsionados pela alta externa da variedade. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 291,29/sc de 60 kg, 4,1% superior ao da terça-feira anterior, 18.
ARROZ: NEGOCIAÇÃO DO CASCA SEGUE LENTA E PREÇO CAI NO RS
A comercialização de arroz, tanto em casca quanto beneficiado, esteve lenta no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias demonstravam baixo interesse em negociar o casca e as que estavam ativas reduziram os valores ofertados, argumentando que as vendas de arroz beneficiado para os grandes centros consumidores estão enfraquecidas. Do lado vendedor, apenas orizicultores com necessidade de “fazer caixa” estiveram presentes no mercado, atentos às quedas observadas nos últimos dias. Assim, os produtores capitalizados seguem recuados, enquanto outros estão negociando outras commodities, como soja ou boi gordo, na expectativa da recuperação nos preços. Com transações pontuais, de 18 a 25 de junho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, recuou 0,45%, fechando a R$ 43,57/sc de 50 kg no dia 25. Na parcial de junho (até o dia 25), a queda é de 1,7%.
ALGODÃO: RITMO DE NEGÓCIOS ESTÁ LENTO E COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA
A liquidez esteve baixa no mercado de algodão em pluma nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias demonstram baixo interesse por novas aquisições, trabalhando com a pluma já contratada e no aguardo do avanço da colheita. Além disso, parte das empresas alega que a venda de subprodutos está menor que o esperado, o que tem elevado os estoques. Do lado vendedor, muitos estão flexíveis quanto aos preços, mesmo com a disponibilidade do produto da safra 2017/18. A oferta da temporada 2018/19 também está limitada, visto que o beneficiamento permanece em ritmo lento. Desta forma, vendedores estiveram ativos no spot para realizar pequenas reposições e/ou entrega de contratos. Nesse cenário, as negociações para entregas futuras nos mercados interno e externo, envolvendo a pluma das safras 2018/19 e 2019/20, permanecem lentas. Entre 18 e 25 de junho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 1,6%, fechando a R$ 2,7410/lp, nessa terça-feira, 25.
MAÇÃ: EXPORTAÇÃO SUPERA IMPORTAÇÃO E BALANÇA COMERCIAL É POSITIVA EM 2019
As exportações brasileiras de maçã vêm superando as importações desde março de 2019, de acordo com dados da Secex. Como resultado, a balança comercial da maçã ficou positiva no acumulado parcial do ano (janeiro a maio), em US$ 6,6 milhões. Mesmo assim, os embarques da maçã nacional neste ano estão inferiores aos do mesmo período do ano passado. De acordo com agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, o recuo das exportações pode estar atrelado à menor disponibilidade da variedade gala no mercado doméstico (quebra de safra) e aos maiores calibres desta temporada – como essas condições podem assegurar bons preços no Brasil, os estoques devem priorizar o mercado interno e não o externo. Além disso, alguns países importadores têm preferência por tamanhos menores – Bangladesh, por exemplo, o principal consumidor da fruta brasileira, prefere galas miúdas. No caso das importações, barreiras fitossanitárias foram impostas à Argentina no primeiro trimestre do ano e a produção do Chile diminuiu, reduzindo as exportações desses tradicionais fornecedores ao Brasil. Por outro lado, a Itália aproveitou essa "janela" aberta e destinou quase sete vezes mais maçãs para o Brasil na parcial do ano (volume que corresponde a um terço do total exportado pelo Brasil).