Os preços do café arábica continuam em elevação neste mês, segundo dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista – que opera acima dos R$ 1.300/sc de 60 kg desde o começo de junho – fechou a R$ 1.362,28/saca de 60 kg nessa terça-feira, 21, elevações de 3% frente à terça anterior, 14, e de 7% no acumulado da parcial deste mês. O avanço está relacionado às valorizações do dólar (0,21% entre 14 e 21 de junho) e dos futuros da variedade. Apesar disso, cafeicultores brasileiros seguem retraídos do spot. Com o caixa mais folgado devido às maiores cotações e em meio a incertezas sobre a oferta, vendedores aguardam novas valorizações do arábica.
ARROZ: NEGÓCIOS PARA EXPORTAÇÃO ELEVAM LIQUIDEZ NO RS
Novas negociações de arroz para exportação vêm mantendo a liquidez mais aquecida no mercado de arroz do Rio Grande do Sul. Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que indústrias domésticas estão mais ativas, elevando os valores de suas ofertas, e vendedores, mais interessados, visando “fazer caixa”. No entanto, a comercialização do cereal ainda tem sido limitada por fatores logísticos, especialmente diante dos fretes elevados e de dificuldades em encontrar fretes de retornos. Em termos de preços, a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista), avançou 0,8% entre 14 e 21 de junho, fechando a R$ 72,79/saca de 50 kg na terça-feira, 21.
ALGODÃO: INDICADOR RECUA QUASE 9% NESTA PARCIAL DE JUNHO
Os valores da pluma estão em queda, conforme indicam dados do Cepea. Entre 14 e 21 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento 8 dias, recuou 4,82%, fechando a R$ 7,4231/lp nessa terça-feira, 21. Na parcial de junho, a baixa é de 8,76%. Alguns vendedores estão mais flexíveis no spot nacional de algodão em pluma, aceitando as ofertas de preços menores de compradores. Esses vendedores também estão atentos ao enfraquecimento das cotações externas. COLHEITA – No campo, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indica que 4,2% do total da área da safra 2021/22 havia sido colhida até o dia 18 de junho.
BATATA: COM BOM RITMO DE COLHEITA, PREÇO RECUA
As cotações médias da batata tipo ágata especial registraram baixa nos atacados na semana passada, de acordo com dados do Hortifrúti/Cepea. A desvalorização está atrelada ao aumento da oferta, uma vez que a baixa pluviosidade permitiu um bom ritmo de colheita em todas as regiões produtoras. Além disso, a intensificação das colheitas da temporada das secas também elevou a quantidade de tubérculos no mercado. Para reforçar o cenário de queda, atacadistas relataram que a demanda foi menor no período, devido ao feriado de Corpus Christi. De acordo com dados do Hortifrúti/Cepea, entre 13 e 17 de junho, as cotações médias da batata tipo ágata especial/saca de 25 kg estiveram em R$ 75,00 (-16,93%) no atacado de São Paulo (SP), em R$ 75,00 (-6,69%) no do Rio de Janeiro (RJ) e em R$ 71,36 (-17,65%) no de Belo Horizonte (MG).