As cotações do café arábica subiram em novembro, apesar das baixas observadas nos últimos dias do mês. No acumulado (de 29 de outubro a 30 de novembro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, avançou 13,04%, fechando a R$ 1.420,09/saca de 60 kg – vale lembrar que, na quinta-feira, 25, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.466,92/saca de 60 kg, o maior patamar real desde 20 de dezembro de 1999 e novo recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1996 (valores deflacionados pelo IGP-DI de out/21). Segundo pesquisadores do Cepea, além da alta dos futuros, agentes nacionais seguem muito afastados do mercado spot, na expectativa de preços ainda maiores. Nos últimos dias do mês, especificamente, o recuo esteve atrelado a temores relacionados ao aparecimento de uma nova variante do coronavírus *e seu possível impacto na demanda mundial de café.
ARROZ: COM CLIMA FAVORÁVEL, SEMEADURA AVANÇA PARA A RETA FINAL
O cultivo da temporada 2021/22 de arroz em casca está na reta final no Rio Grande do Sul, maior estado produtor. Com o avanço do desenvolvimento das lavouras, colaboradores do Cepea reportaram que orizicultores mostram interesse em depositar o arroz em casca nas unidades de beneficiamento, com intuito de liberar os armazéns para a chegada da nova safra. Indústrias, no entanto, indicam que já têm boa parte do espaço físico comprometida e não há excedente disponível. No spot, a demanda interna não tem apresentado sinais de recuperação consistentes, e boa parte das unidades de beneficiamento relata baixa necessidade de aquisição neste momento. Em meio a esse cenário, os preços seguem enfraquecidos. Nessa terça-feira, 30, o Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz, referente ao cereal de 58% grãos inteiros e pagamento à vista, fechou a R$ 62,95 por saca de 50 kg, com queda de 7,83% no acumulado de novembro.
ALGODÃO: INDICADOR SOBE 5% EM NOVEMBRO
O Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma se manteve firme em novembro, renovando as máximas nominais da série histórica do Cepea por vários dias e chegando a operar acima da casa dos R$ 6,30/libra-peso. No acumulado de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 5,25%, fechando a R$ 6,2602/lp na terça-feira, dia 30. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte para os valores vem da posição firme de vendedores, da elevação da paridade de exportação e do alto patamar do preço externo. Cotonicultores brasileiros têm priorizado os embarques dos contratos a termo aos mercados interno e externo, visto que a maioria desses agentes indica estar com boa parte da produção 2020/21 já comprometida.