Os valores do café arábica iniciaram março com recuo expressivo, de acordo com dados do Cepea. No acumulado da parcial deste mês (entre 25 de fevereiro e 8 de março), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, registrou baixa de 90,37 Reais/saca de 60 kg (ou -6,3%), fechando a R$ 1.344,06/sc de 60 kg nessa terça-feira, 8. Segundo informações do Cepea, essa desvalorização esteve atrelada ao recuo dos futuros da variedade. Com o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia, investidores passaram a liquidar suas posições compradas em café, migrando para outros produtos que possibilitariam maiores ganhos. Também houve aumento das preocupações em relação à demanda de café, visto que a Rússia é o sexto maior importador da commodity, e aos possíveis impactos econômicos mundiais da crise no consumo.
ARROZ: PREÇOS SEGUEM FIRMES; LIQUIDEZ É BAIXA
As negociações do arroz em casca estiveram um pouco mais restritas nos últimos dias, devido à acirrada “queda de braço” entre compradores e vendedores, o que mantém a liquidez baixa. De modo geral, segundo pesquisadores do Cepea, a demanda tem prevalecido, elevando os preços. No acumulado de março (entre 25 de fevereiro e 8 de março), o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada) aumentou 1,26%, indo para R$ 74,85/sc de 50 kg na terça-feira, 8. CAMPO –Dados da Emater/RS apontam que a colheita do arroz havia alcançado 14% da área no Rio Grande do Sul – os dados são referentes até 3 de março.
ALGODÃO: INDICADOR VOLTA A SUBIR; VENDEDOR ESTÁ FIRME
As cotações da pluma estão em alta no Brasil neste início de mês, conforme apontam dados do Cepea. Nesta parcial de março (entre 25 de fevereiro e 8 de março), o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma avançou 1,05%, fechando a R$ 6,9584/lp na terça-feira, 8 – no dia 7, o Indicador se aproximou dos R$ 7/libra-peso, fechando a R$ 6,9905/lp. No geral, contudo, os valores domésticos chegaram a oscilar com certa força, acompanhando as movimentações dos preços externos e do dólar. Segundo informações do Cepea, a sustentação veio da posição firme da maior parte dos cotonicultores, que, capitalizada e com boa parte da safra comprometida, volta as atenções ao cumprimento de contratos.