Os preços do café seguem em elevados patamares no Brasil, mesmo diante da colheita muito perto do fim e da entrada de grãos da safra 2024/25 no mercado. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário tem favorecido o poder de compra de cafeicultores frente aos adubos. Em julho, produtores do Espírito Santo conseguiram comprar uma tonelada de ureia com a venda de 2,05 sacas de robusta do tipo 6, contra 4,45 sacas no mesmo mês do ano passado. No caso do arábica, foram necessárias 2,1 sacas do café do tipo 6 para a compra de uma tonelada de ureia na região do Cerrado Mineiro, abaixo das 3 sacas em igual período de 2023.
ARROZ: Cotações sobem pelo 4º mês
Em julho, os preços do arroz em casca subiram pelo quarto mês consecutivo, mantendo o movimento de recuperação e amenizando a queda anual acumulada para 7,3%, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio sobretudo do maior interesse comprador de tradings com destino à exportação, combinado à elevação do dólar. A disputa pelo produto também favoreceu ajustes nos valores de ofertas de compra para atrair vendedores, principalmente para o arroz depositado, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
ALGODÃO: Preços oscilam, mas mantêm movimento de recuperação
Depois de encerrarem julho abaixo dos R$ 4 por libra-peso, os preços do algodão em pluma voltaram a se recuperar neste começo de agosto, embora registrem pequenas oscilações. Segundo pesquisadores do Cepea, a disponibilidade ainda restrita de lotes da temporada 2023/24 e a preferência de agentes em atender a contratos a termo garantem sustentação às cotações. Parte dos vendedores segue firme nos valores pedidos, indicando estar com boa parte da safra comprometida e atentos aos avanços da colheita e do beneficiamento. Os patamares de contratos firmados anteriormente são considerados atrativos sobretudo por conta do fortalecimento do dólar, que também dá suporte às paridades, conforme explicam pesquisadores do Cepea.