Levantamento do Cepea mostra que, pela primeira vez, a média mensal do café robusta superou a do arábica. Em setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou 24,72 Reais/saca de 60 kg acima do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista. Pesquisadores do Cepea ressaltam que os preços do robusta já haviam superado os do arábica no encerramento de agosto deste ano e também em alguns momentos entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, mas esta foi a primeira vez que a média mensal da variedade fechou acima da do arábica. Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado segue atento à reduzida oferta global de café, em especial a do robusta do Vietnã – o país asiático deve iniciar a colheita da nova safra agora em outubro. No Brasil, a falta de umidade em decorrência do longo período sem chuvas já prejudica o desenvolvimento da safra 2025/26 de arábica e de robusta – as plantas estão debilitadas e o déficit hídrico nas regiões produtoras tem se intensificado.
ARROZ: Fortes chuvas no RS interrompem cultivo e reduzem liquidez
As chuvas intensas ocorridas em diversas regiões do Rio Grande do Sul no final de setembro interromperam a semeadura de arroz e aumentaram a preocupação quanto a novos impactos sobre a safra em andamento. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, o clima adverso também dificultou o carregamento do cereal e o cumprimento de alguns contratos. Compradores com necessidade de renovar estoques tiveram de elevar os valores de suas ofertas, para atrair vendedores. No geral, pesquisas do Cepea mostram que o mercado encerrou o mês de setembro com baixa liquidez, contrariando as expectativas iniciais. Além do clima, pesquisadores do Cepea explicam que as negociações foram influenciadas pela desvalorização do dólar e pelo menor ritmo nas vendas do arroz beneficiado. Também aumentou a disparidade entre os preços de compra e de venda.
ALGODÃO: Desde março/24, Indicador varia em um pequeno intervalo
Há seis meses, os preços do algodão em pluma vêm oscilando em um pequeno intervalo – entre as casas de R$ 3,80 e R$ 4,10 por libra-peso. Em setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, atravessou o mês nesses patamares, encerrando o período operando pouco acima dos R$ 4 por libra-peso e acumulando variação positiva de 3,4%. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação aos valores veio dos avanços externos e da paridade de exportação. Apesar do término da colheita e do progresso do beneficiamento, a maior parte do algodão disponível no mercado spot nacional segue sendo destinada ao cumprimento dos contratos a termo.