A greve dos caminhoneiros terminou, mas o mercado brasileiro de cafés arábica e robusta segue calmo. A maior parte do transporte e dos portos nacionais ainda está retomando o ritmo normal e, com isso, agentes negociam apenas quando há maior necessidade. Segundo pesquisadores do Cepea, nos últimos dias, os preços foram influenciados sobretudo pelo dólar e pela movimentação externa. Nessa terça-feira, 5, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 459,14/saca de 60 kg, aumento de 0,4% em relação ao dia 29. Quanto ao robusta, o transporte no Espírito Santo esteve mais facilitado que em outras regiões, permitindo que muitos produtores realizassem algumas entregas atrasadas. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 338,75/saca de 60 kg nessa terça-feira, 1,4% superior ao registrado na terça anterior.
ARROZ: INDICADOR SOBE PELO 3º MÊS CONSECUTIVO E SUPERA OS R$ 38/SC
A firme demanda por arroz em casca no Rio Grande do Sul e a retração de vendedores impulsionaram o preço da saca do produto em maio pelo terceiro mês consecutivo. No acumulado do período (30/4 – 30/5), o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 3,74%, fechando a R$ 37,56/saca de 50 kg – nessa terça-feira, 5, o Indicador teve média de R$ 38,09/sc. Segundo colaboradores do Cepea, alguns produtores seguem afastados do mercado doméstico, direcionando lotes para exportação ou negociando outros produtos, como soja. No geral, a comercialização de arroz em casca esteve limitada à necessidade de “fazer caixa” de alguns orizicultores. Do lado comprador, boa parte da indústria demonstrou interesse por novas aquisições, devido à necessidade de repor estoques.
ALGODÃO: INDICADOR SOBE 12% EM MAIO, A MAIOR ALTA DESDE JAN/16
Impulsionado pela baixa disponibilidade, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, avançou expressivos 12,3% em maio, a alta mais intensa desde janeiro/16, quando foi de 17%. Segundo colaboradores do Cepea, vendedores estão resistentes em liquidar os lotes da safra 2016/17, especialmente os de Mato Grosso. Em São Paulo e na Bahia, as ofertas de lotes da nova temporada (2017/18) ainda são baixas. Por enquanto, com disponibilidade limitada, especialmente para embarque imediato, indústrias utilizam o produto já contratado ou reduzem as atividades. Em maio, a média do Indicador, de R$ 3,5633/lp, superou em 11,64% a de abril/18 e em 24,06% a de maio/17, em termos reais (dados atualizados pelo IGP-DI de abr/18).