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Café: Mercado Tem Reação Pontual, e Indicador do Arábica Supera os R$500/Sc

Publicado 22.07.2020, 10:25
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Desde o início da safra, as negociações envolvendo o café arábica estão lentas no mercado spot nacional, devido especialmente à retração de vendedores. Esses agentes estão à espera de preços ainda maiores e, por isso, seguem atentos às entregas já programadas. Apesar disso, pontualmente na sexta-feira, 17, altas nos valores externos do arábica e também do dólar fizeram o mercado interno reagir, e o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou acima dos R$ 500/saca de 60 kg, voltando aos patamares observados no início deste mês. Segundo colaboradores do Cepea, essa reação atraiu vendedores ao mercado, e a quantidade de café negociada na data foi significativamente maior que a observada nos demais dias do mês. No entanto, essa alta não se sustentou e, na segunda-feira, 20, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 recuou, fechando a R$ 495,13/saca de 60 kg na terça, 21, alta de 1,3% frente à terça passada, 14. Quando ao dólar, fechou a R$ 5,197, desvalorização de 2,7% no mesmo comparativo. No mercado de robusta, os negócios estão calmos, mas com liquidez ainda superior à do arábica. Na sexta-feira, também houve uma reação no mercado da variedade, quando o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 voltou a fechar acima dos R$ 355,00/sc, o que não era observado desde maio. Diante disso, o volume comercializado foi maior na data. Nessa terça-feira, 21, o Indicador fechou a R$ 356,51/sc, alta de 1,6% frente ao dia 14.

ARROZ: OFERTA É BAIXA, E INDICADOR ATINGE RECORDE NOMINAL NO RS

A liquidez está baixa no mercado de arroz em casca neste mês, visto que produtores não têm ofertado o cereal. Segundo colaboradores do Cepea, agentes de indústrias beneficiadoras têm feito esporádicas aquisições de pequenos volumes, apenas para repor estoques. Isso porque as vendas do produto beneficiado estão lentas. No Rio Grande do Sul, a procura pela matéria-prima ainda é maior que a oferta, o que mantém o Indicador em patamares recordes. No acumulado de 2020 (até o dia 21 de julho), a média do Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada) está em R$ 55,52/saca de 50 kg, 27,6% superior (em termos nominais) à do ano passado inteiro, de R$ 43,50/sc. Nos últimos sete dias (14 a 21 de julho), especificamente, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada), subiu 0,93%, indo a R$ 64,95/sc de 50 kg nessa terça-feira, 21, o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2005. 

ALGODÃO: APESAR DA PROCURA ENFRAQUECIDA, BAIXA OFERTA SUSTENTA PREÇO NO SPOT

A colheita da nova safra 2019/20 de algodão vem ganhando força, mas ainda é baixa a oferta de pluma no mercado spot nacional, especialmente de lotes de maior qualidade. Segundo colaboradores do Cepea, produtores estão focados nas atividades de campo, no beneficiamento, no fechamento de contratos destinados ao mercado internacional – que, ressalta-se, remuneram mais que o spot brasileiro – e nas entregas de produto a termo, principalmente para exportação. Já os poucos vendedores ativos no spot se mantêm firmes nos valores pedidos. Assim, mesmo diante da baixa demanda, houve dificuldade em encontrar pluma dentro das características desejadas, contexto que sustentou os valores. Algumas indústrias também estão no aguardo de uma maior entrada de pluma da temporada 2019/20 para realizar novas compras. Tradings, por sua vez, seguem realizando aquisições de algodão das safras 2019/20 e 2020/21. Entre 14 e 21 de julho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 2,2%, fechando em R$ 2,7739/lp nessa terça-feira, 21. Na parcial do mês (até o dia 21), o Indicador registra alta de 2,3%, com média de R$ 2,7306/lp, 0,74% superior à de junho/20.

BATATA: COM O AVANÇO DA SAFRA, PREÇOS SEGUEM EM QUEDA NO ATACADO

A batata ágata tipo especial (saca de 50 kg) se desvalorizou nas centrais de distribuição nos últimos dias. Na Ceagesp, o preço médio entre 13 e 17 de julho foi de R$ 91,58, recuo de 5,87% frente ao da semana anterior. Em Belo Horizonte (MG) e no Rio de Janeiro, as médias foram de R$ 77,87 e de R$ 83,15, respectivos recuos de 10,82% e de 10,63% na mesma comparação. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as desvalorizações estão atreladas ao aumento da oferta, que, por sua vez, é reflexo do maior ritmo de colheita das safras de inverno em Vargem Grande do Sul (SP) e das secas no Sudoeste Paulista (SP) e no Sul de Minas (MG). Além disso, a demanda pelo tubérculo está menor, intensificando as quedas nos preços. De acordo com atacadistas, a qualidade tem variado em todas as regiões produtoras. Assim, no decorrer da última semana, a amplitude foi de R$ 60 a R$ 120 nas capitais carioca e paulista e de R$ 60 a R$ 100 em MG. 

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