Café: Menor disponibilidade doméstica limita exportação de robusta

Publicado 16.04.2025, 09:07

As exportações brasileiras de café diminuíram em março, refletindo sobretudo a queda nos embarques do robusta verde. Foram apenas 138,6 mil sacas da variedade escoadas pelo País, 40% menos que em fevereiro/25 e bem abaixo das 862,5 mil sacas exportadas em março/24, de acordo com dados do Cecafé analisados pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a redução dos envios externos de café robusta vem sendo observada desde dezembro/24 e está atrelada à baixa disponibilidade doméstica da variedade. Destaca-se que a colheita da nova safra 2025/26 no Espírito Santo, principal estado produtor de robusta no Brasil, já deve começar neste mês e pode ganhar ritmo em maio, o que, conforme explicam pesquisadores do Cepea, tende a elevar a oferta do grão e, consequentemente, reaquecer os embarques da variedade, sobretudo no segundo semestre.

ARROZ: Ritmo de queda de preços desacelera

O ritmo de queda dos preços do arroz em casca diminuiu nos últimos dias, o que, segundo pesquisadores do Cepea, pode sinalizar um maior equilíbrio entre oferta e demanda. Ao mesmo tempo, novos dados apontam para crescimento da disponibilidade interna nesta temporada, elevando os estoques de passagem em fev/26. De modo geral, levantamentos do Cepea mostram que a liquidez segue baixa, diante do recuo de compradores, que enfrentam dificuldade no repasse de preços do casca para o beneficiado. Produtores também continuam retraídos do spot, seja pelo descontentamento com as cotações, seja por voltarem suas atenções aos trabalhos de campo. Agentes consultados pelo Cepea demonstram expectativa de maiores demandas internacionais em meio ao cenário atual de taxações dos EUA, o que pode impulsionar a busca pelo cereal brasileiro. De acordo com o relatório de março da Conab, a produção nacional de arroz em casca na safra 2024/25 está estimada em 12,14 milhões de toneladas, 14,75% superior à da temporada 2023/24. Com importações estáveis, em 1,4 milhão de toneladas, a disponibilidade interna (estoque inicial + produção + importação) deve somar 14 milhões de toneladas, aumento de 13,77% sobre a safra passada.

ALGODÃO: Indicador atinge maior patamar nominal desde mar/24

O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, abriu esta semana à média de R$ 4,2785/lp, o maior valor nominal desde 4 de março de 2024 (de R$ 4,3326/lp). Na parcial deste mês (até o dia 14), o Indicador acumula alta de 1,47%. Segundo pesquisadores do Cepea, boa parte dos produtores já liquidou os estoques da safra 2023/24, e os vendedores que ainda detêm algum volume estão firmes nos valores pedidos. Assim, compradores com necessidade imediata e/ou que precisam de uma qualidade superior acabam pagando preços maiores para novas aquisições. Além disso, a elevação na paridade de exportação reforça o suporte sobre as cotações internas. De modo geral, nesta entressafra, a dificuldade de acordo entre os agentes – ora quanto ao preço ora quanto à qualidade dos lotes – continua limitando as negociações, ainda conforme o Centro de Pesquisas. Quanto à produção nacional de pluma da safra 2024/25, em relatório divulgado no dia 10, a Conab apontou novos reajustes positivos, de 1,8% frente aos dados de março/25 e de 5,1% em comparação à temporada 2023/24, podendo chegar a 3,89 milhões de toneladas, se consolidando como um recorde.

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