Os preços do café arábica subiram ao longo de abril no mercado doméstico, de acordo com dados do Cepea. A elevação esteve atrelada ao avanço dos futuros da variedade e à menor oferta do grão no físico. No mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve média de R$ 744,13/saca de 60 kg, aumento de 1,7% em relação à de março e a maior desde abril do ano passado, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de mar/21). Segundo pesquisadores do Cepea, o avanço nos preços, por sua vez, atraiu vendedores ao mercado nacional, que realizaram alguns negócios. No entanto, as transações no físico ainda foram limitadas em abril, devido ao volume significativo da safra de 2020/21 já comercializado no Brasil.
ARROZ: PREÇO PERMANECE FIRME EM ABRIL
O preço da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul permaneceu firme em abril, sustentado pela demanda aquecida e pela restrição vendedora, segundo dados do Cepea. Na primeira quinzena do mês, as unidades beneficiadoras estiveram mais ativas nas negociações, diante da boa demanda interna para o arroz beneficiado. Também houve negociações para exportação, favorecendo a restrição vendedora no mercado físico. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, fechou abril com média de R$ 87,03/saca de 50 kg, aumento de 1,14% em relação à de março/21 (R$ 86,05/sc) – no acumulado do mês (de 31 de março a 30 de abril), por outro lado, o Indicador recuou leve 0,4%.
ALGODÃO: COM VENDEDOR FIRME, INDICADOR SEGUE EM ALTA
As cotações do algodão em pluma continuam em elevação, segundo apontam dados do Cepea, devido à posição firme de vendedores. Entre 31 de março e 30 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ avançou 7,52% e, nos últimos sete dias (de 27 de abril a 4 de maio), 0,63%, fechando a R$ 5,2232/lp nessa terça-feira, 4, pouco abaixo do recorde nominal observado em 4 de março deste ano (de R$ 5,2251/lp). Bons volumes das temporadas 2019/20 e 2020/21 já foram comercializados, e a expectativa é de redução na oferta da safra atual (2020/21). Tradings passaram a ficar mais ativas no comércio nacional, pedindo preços inferiores aos de produtores, diante da menor atratividade da exportação – mesmo com o dólar operando em alto patamar, as vendas internas de algodão em pluma vêm remunerando mais que as externas.