O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, avança janeiro no maior patamar da série histórica do Cepea para esta variedade, iniciada em setembro de 1997. Até o último dia 27, o valor médio estava em R$ 2.301,60/sc de 60 kg, aumento de 6,8% ou 146,72 Reais/sc em relação à média de dezembro/24. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços elevados seguem refletindo a oferta restrita tanto de arábica como de robusta no Brasil e no mundo, além do alto percentual de café já comercializado por produtores nacionais.
ARROZ: Preços mantêm estabilidade
Os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul seguem oscilando em uma faixa estreita, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a relativa “queda de braço” entre as partes manteve baixa a liquidez na semana passada. Parte dos produtores buscou comercializar os estoques da safra de 2024, enquanto compradores estiveram mais interessados em adquirir pequenos lotes para reposição de estoques – esses agentes buscaram alongar o prazo de pagamento. A restrição vendedora fez com que indústrias reajustassem suas ofertas para garantir a compra do cereal, ainda de acordo com o Cepea.
ALGODÃO: Ritmo de negócios volta a crescer
Pesquisas do Cepea apontam um maior interesse de indústrias nas compras de algodão, visando obter a matéria-prima para atender necessidades imediatas e/ou repor estoques. Agentes também vêm se movimentando nos acordos de contratos a termo para entrega nas próximas semanas. Esses players encontram vendedores disponibilizando novos lotes no spot e flexíveis nos valores para fechar algumas negociações, ainda conforme o Centro de Pesquisas. Cotonicultores também estão atentos ao avanço do cultivo da nova safra e, consequentemente, ao clima. As chuvas em Mato Grosso estão reduzindo o ritmo de colheita da soja e a semeadura de algodão da segunda safra, o que deve prolongar o período de cultivo desta temporada, de acordo com análise do Cepea.