Os contratos futuros do café arábica esticaram os ganhos no mercado internacional em uma movimentação técnica, com o rompimento, de forma sucessiva, de importantes resistências, como US$ 1,00, US$ 1,05, US$ 1,10 e, na quinta-feira (29), US$ 1,15 por libra-peso.
A maioria dos analistas informa que o avanço foi puxado pela fraqueza do dólar. Outros também citam, em menor proporção, que o registro de seca nos cafezais teria fornecido suporte. Na Bolsa de Nova York, o vencimento set/2020 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,1535 por libra-peso, acumulando alta de 695 pontos. Já na ICE Europe, o vencimento set/2020 caiu US$ 18, negociado a US$ 1.340 por tonelada.
O dólar comercial deve encerrar o mês de julho com desvalorização de aproximadamente 5% na comparação com o real, nível que, caso confirmado, representaria a maior queda mensal deste ano. Desde o começo de 2020, contudo, a moeda acumula evolução em torno de 30%. Ontem, a divisa fechou a sessão a R$ 5,1591, com baixa de 0,9% frente à sexta-feira anterior.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que está dentro dos padrões para a época, mantendo-se frio e seco e apresentando alguns períodos de elevação de temperaturas. Segundo o serviço, não há possibilidade de frio extremo ou chuvas em excesso nos próximos dias, o que deve favorecer o andamento da colheita no Brasil.
No fim de semana, pode ocorrer precipitações apenas entre o Espírito Santo e o nordeste de Minas Gerais. Nas demais áreas da Região Sudeste, as temperaturas voltam a aumentar de forma gradual, mas ainda são esperadas manhãs frias nas áreas com altitudes mais elevadas.
No mercado físico, compradores mais ativos e vendedores estimulados pela alta do preço no spot fizeram com que aumentasse a liquidez. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon tiveram incremento de 6,8% e 1,4%, respectivamente cotados a R$ 541,57/saca e a R$ 365,34/saca.