Os preços internos do arábica caíram na maior parte da semana passada, influenciados pela estimativa de maior produção no Brasil e também pela desvalorização do dólar. Já as altas pontuais verificadas nos valores domésticos estiveram atreladas aos avanços externos, conforme colaboradores do Cepea. Nessa terça-feira, 25, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica fechou a R$ 408,78/sc, queda de 0,8% em relação à terça anterior, 18. Quanto ao robusta, o ritmo de negócio está lento, visto que agentes estão afastados dos negócios. Nessa terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 320,42/saca de 60 kg, 0,2% menor que o da terça anterior, 18.
ARROZ: COM ORIZICULTOR RETRAÍDO, LIQUIDEZ DIMINUI E PREÇO SOBE
A liquidez segue baixa no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul. Conforme colaboradores do Cepea, orizicultores estão retraídos, aguardando aumento nos valores ofertados por compradores e atentos às atividades de semeio da safra 2018/19. Além disso, o feriado da Revolução Farroupilha, no último dia 20, contribuiu para enfraquecer o ritmo de negócios. Do lado comprador, beneficiadoras estiveram presentes no mercado, mas efetivando apenas aquisições pontuais. Grande parte das empresas ativas manteve os valores ofertados. Apesar de queixosas quanto ao enfraquecimento das vendas de arroz beneficiado, indústrias têm buscado manter seus estoques, comprando arroz depositado e “livre” (armazenado nas propriedades rurais). Nesse cenário, as cotações do casca subiram nos últimos dias. De 18 a 25 de setembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou alta de 0,28%, fechando a R$ 45,54/sc de 50 kg nessa terça-feira, 25. Na parcial de setembro (até o dia 25), o Indicador subiu 1,04%.
ALGODÃO: VENDEDOR RECUADO SUSTENTA COTAÇÕES
A disponibilidade de algodão no mercado spot, especialmente de boa qualidade, está inferior à demanda, cenário que tem sustentado os preços da pluma, mesmo em pleno período de safra nacional. De 18 a 25 de setembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu ligeiro 0,15%, fechando a R$ 3,1925/lp nessa terça-feira, 25 – na parcial do mês, o Indicador permanece praticamente estável (+0,09%). Segundo colaboradores do Cepea, boa parte dos cotonicultores segue focada no cumprimento de entregas de pluma aos mercados interno e externo. Quando há oferta para entrega rápida, muitas vezes, trata-se de lotes heterogêneos em qualidade. Tradings, por sua vez, mostram pouco interesse de venda no mercado doméstico, voltadas aos negócios para exportação. Do lado comprador, parte das indústrias e comerciantes está presente no mercado, em busca de lotes para entregas rápidas, enquanto outras seguem fora do mercado, trabalhando com a pluma já adquirida por meio de contratos. Entretanto, a “queda de braço” entre compradores e vendedores quanto a valores e qualidade segue limitando os fechamentos, sendo comum efetivações de pequenos volumes.
ALFACE: VENDAS ENFRAQUECIDAS PRESSIONAM VALOR DA CRESPA NA CEAGESP
Os preços das alfaces vêm recuando há quase dois meses na Ceagesp. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o clima chuvoso e as temperaturas mais baixas em meados de setembro limitaram as vendas da folhosa no atacado paulistano, o que manteve elevadas as sobras nos boxes. Nesse contexto, atacadistas reduziram os pedidos na última semana. Entre 17 e 21 de setembro, a alface crespa teve preço médio de R$ 12,14/cx com 24 unidades na Ceagesp, queda de 4,5% frente ao da semana anterior. Já o valor da americana, que é a variedade de maior saída, subiu 3,8% na mesma comparação, fechando a semana com preço médio de R$ 15,43/cx com 12 unidades.