Apesar da desvalorização do café arábica no mercado doméstico, o número de negócios aumentou nos últimos dias, quando as cotações externas da variedade estavam firmes e o dólar, mais valorizado frente ao Real. Segundo agentes consultados pelo Cepea, exportadores estiveram mais ativos, negociando maiores volumes de grãos de qualidade inferior, como o bebida rio, e menores quantidades dos de qualidade superior. Quanto aos preços da variedade, a queda acentuada das cotações externas no início desta semana, devido ao clima favorável no Brasil, pressionou os valores domésticos. Para o robusta, a procura de torrefadoras nacionais está aquecida. Entretanto, vendedores continuam retraídos, dificultando a efetivação de negócios.
AÇÚCAR: LIQUIDEZ DIMINUI, MAS PREÇO SEGUE EM ALTA NO BR
O ritmo de negócios diminuiu no mercado brasileiro de café nos últimos dias, refletindo a retração de alguns compradores por conta da recente valorização do açúcar cristal. No entanto, conforme colaboradores do Cepea, mesmo com o menor número de negócios captados no mercado spot, usinas permaneceram firmes e não baixaram os preços pedidos. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 até 180 (estado de São Paulo) registrou alta de 1,55% entre 14 e 21 de novembro, fechando a R$ 66,05/saca de 50 kg nessa terça-feira, 21.
ALGODÃO: BOM RITMO DE EMBARQUES E PARIDADE SUSTENTAM VALORES NO BR
As quedas expressivas das cotações do algodão em pluma no mercado doméstico entre o final de junho e meados de outubro aproximaram os valores internos da paridade de exportação. Com isso, conforme colaboradores do Cepea, vendedores aproveitam para cumprir contratos de exportação e também para efetivar novos negócios, principalmente para a temporada 2017/18. Assim, há cerca de um mês, as cotações domésticas têm oscilado entre R$ 2,39/lp e R$ 2,42/lp.
CENOURA: CLIMA REDUZ OFERTA E IMPULSIONA PREÇOS EM MG
Os preços da cenoura devem continuar elevados em novembro na região de São Gotardo (MG). Em outubro, as cotações permaneceram em alta na praça mineira, devido à menor produtividade (89 t/ha, em média), causada pelo clima seco, que prejudicou o crescimento secundário das raízes. Conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, as condições climáticas aumentaram em 20 dias o ciclo de desenvolvimento das cenouras, reduzindo a oferta e, consequentemente, valorizando a hortaliça. Em outubro, as cotações da raiz "suja" tiveram média de R$ 22,70/cx, 75% acima da média de setembro. Essa alta também esteve atrelada à redução de área nesta safra de inverno nas principais regiões produtoras no País. Assim, o volume comercializado diminuiu e as cotações estão 3,45 vezes maiores que as do mesmo período do ano passado. Em outubro, os preços estiveram 2,84 vezes acima das estimativas de custo de produção.