Levantamentos do Cepea mostram que os preços do café robusta (do tipo 6, peneira 13 acima) seguem operando acima dos do arábica (do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista). Na última sexta-feira, 6, a diferença entre os Indicadores CEPEA/ESALQ das duas variedades atingiu os 51,9 Reais/sc, um recorde. Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado segue precificando os problemas climáticos registrados no Vietnã e no Brasil. Em termos globais, o balanço entre a oferta e demanda continua apertado, devido aos cenários produtivos limitados. No caso do Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, há notícias de melhora dos volumes de chuvas, mas o calor no país segue preocupando produtores locais. No Brasil, previsões meteorológicas apontam para calor acima do normal nos próximos dias, podendo perdurar até o começo da segunda quinzena de setembro, ainda conforme levantamentos do Cepea.
ARROZ: Balança comercial volta a ser positiva em agosto
Após três meses consecutivos de saldo negativo, a balança comercial do arroz voltou a ser positiva em agosto, com um superávit de 29,03 mil toneladas. No acumulado de 12 meses, porém, o déficit é de 185,4 mil toneladas, o maior desde out/21. De acordo com dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, apesar da queda nas exportações em agosto/24, o volume embarcado foi o segundo maior do ano, voltando a superar as importações. Os preços de exportação e importação, por sua vez, subiram, mas o custo de importação (em Reais/saca) atingiu a máxima nominal de toda série Secex. O custo FOB (Free on Board) na origem do produto foi de US$ 478,36/t em agosto/24, ou de R$ 132,98/saca de 50 kg. Se deflacionado pelo IGP-DI, trata-se da média mais alta desde ago/15, quando atingiu R$ 134,03/sc de 50 kg.
ALGODÃO: Mercado inicia setembro com oscilação de preços
As cotações internas de algodão em pluma iniciaram setembro com maior volatilidade. Segundo pesquisadores do Cepea, a dificuldade em acordar preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis no spot continua limitando a liquidez. Além disso, vendedores permanecem dando prioridade à entrega de contratos a termo destinados aos mercados interno e externo. Comerciantes, por sua vez, buscam novos lotes para atender a suas programações, mas também operam realizando negócios “casados”. Quanto às negociações de fios, agentes consultados pelo Cepea apontam melhora no ritmo de comercialização, refletindo em uma demanda pontual para atender à necessidade imediata e/ou à reposição de estoque.