Os preços dos cafés arábica e robusta seguem oscilando no mercado brasileiro, mas, no geral, as altas prevalecem. No início desta semana, o arábica voltou a fechar acima dos R$ 900/saca de 60 kg, o que não era verificado desde junho deste ano. Para o robusta, as cotações se aproximam dos R$ 660/sc de 60 kg, patamar verificado em agosto deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta no preço tem movimentado as negociações envolvendo o arábica, mas os fechamentos envolvem volumes pouco significativos. Ressalta-se que, como a safra 2023/24 colhida apresentou custos de produção bastante elevados, produtores vendem o grão apenas quando os valores ficam mais atrativos. Quanto ao robusta, a baixa oferta da variedade limita a comercialização do grão – vale lembrar que houve recuo na produção desta temporada 23/24 em relação à passada.
ARROZ: INDICADOR RENOVA RECORDE DA SÉRIE DO CEPEA
Os preços do arroz em casca seguem em alta no Rio Grande do Sul, renovando, portanto, o recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2005. De acordo com pesquisadores do Cepea, a oferta do cereal está limitada no estado, enquanto a demanda pelo grão segue firme. Além disso, as chuvas e o atraso na semeadura em determinadas regiões sul-rio-grandenses continuam preocupando produtores do cereal e reforçando o movimento de alta dos valores.
ALGODÃO: VALORES DA PLUMA SEGUEM EM QUEDA
Os valores do algodão em pluma seguem queda no Brasil. De acordo com pesquisadores do Cepea, as baixas estão atreladas à flexibilidade de alguns vendedores. Parte dos cotonicultores, contudo, segue firme nos valores pedidos, especialmente para a pluma de qualidade superior – estes produtores estão capitalizados e/ou com boa parte da safra 2022/23 já comprometida. Do lado comprador, os agentes que estão ativos no spot nacional tentam adquirir novos lotes a preços menores. Pesquisadores do Cepea indicam, ainda, que o desacordo entre valores e qualidade dos lotes segue limitando a liquidez no mercado interno.
SUÍNOS: PREÇOS AVANÇAM EM TODAS AS PRAÇAS
Os preços do suíno vivo no mercado independente estão avançando em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento está atrelado à proximidade das festividades de fim de ano – ressalta-se que, nesse período, compradores costumam incrementar as aquisições de novos lotes de animais, visando formar estoques de carne suína. Apesar dessas altas nos últimos dias, as desvalorizações verificadas no começo deste mês ainda fazem com que a média de novembro (parcial, até o dia 13) do animal vivo fique abaixo da de outubro.