As cotações do café arábica têm oscilado com certa força nos últimos dias, conforme apontam os dados do Cepea. Na segunda-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.487,58/saca de 60 kg, novo recorde nominal de toda a série do Cepea, iniciada em 1996, devido às altas externas. Os futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures), por sua vez, foram influenciados por preocupações relacionadas à oferta e à logística nos próximos meses. A partir do dia 7, porém, os contratos futuros do arábica voltaram a cair devido a movimentos técnicos, a previsões indicando chuvas no Brasil e a expectativas de melhora no quadro logístico em 2022. Esse cenário pressionou os valores domésticos. No balanço do período entre 7 e 14 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 recuou 1,76% a R$ 1.453,75/sc na terça-feira, 14.
ARROZ: EM QUEDA HÁ UM ANO, INDICADOR É O MENOR DESDE ABR/19
O Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (Rio Grande do Sul, à vista) registra média de R$ 62,47/saca de 50 kg na parcial deste mês de dezembro (até o dia 14), sendo a menor, em termos reais, desde abril de 2019 – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI. Segundo pesquisadores do Cepea, o preço do arroz está em movimento de queda há pouco mais de um ano, registrando pequenas reações apenas entre julho e agosto de 2021. Na prática, há dificuldades em encontrar demanda para o arroz brasileiro. A procura interna está enfraquecida – diante da renda limitada e da perda de poder aquisitivo –, ao passo que as exportações estão aquém do esperado pelo setor.
ALGODÃO: PREÇO SE MANTÉM EM ALTO PATAMAR
Os preços da pluma vêm se mantendo em alto patamar, conforme apontam os dados do Cepea. Entre 7 e 14 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ avançou 1,31%, fechando a R$ 6,3700/libra-peso nessa terça-feira, 14 – vale lembrar que, no dia 13, o Indicador renovou o recorde nominal da série do Cepea, a R$ 6,3960/libra-peso. As cotações têm sido influenciadas pela paridade de exportação e pela restrição vendedora no spot nacional, visto que esses agentes estão com boa parte da produção da safra 2020/21 já comprometida e sem necessidade atual de “fazer caixa”. As aquisições, por sua vez, são realizadas de formal pontual nesta época do ano, mas compradores mostram interesse em novos negócios para entrega em 2022, visando garantir matéria-prima de boa qualidade para o período de entressafra.