Os preços domésticos do café arábica tiveram forte alta em fevereiro. No acumulado do mês (de 29 de janeiro a 26 de fevereiro), o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor avançou 88,17 Reais por saca (ou 13,4%), fechando a R$ 746,50/saca de 60 kg no dia 26. No dia 2 de março, o Indicador fechou a R$ 748,80/sc, novo recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1996. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio da demanda firme e das elevações dos futuros da variedade e do dólar, especialmente na segunda quinzena do mês. Para o robusta, os preços também avançaram em fevereiro. De 29 de janeiro a 26 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima acumulou ganho de 32,87 Reais por saca (ou 7,8%), fechando a R$ 455,22/saca de 60 kg no encerramento do mês. Nessa terça-feira, 2, o fechamento foi de R$ 460,16/saca, a maior cotação diária, em termos nominais, desde 9 de fevereiro de 2017. Assim como para o arábica, as cotações do robusta foram impulsionadas pelos avanços do dólar e dos futuros em fevereiro.
ARROZ: INDICADOR CAI PARA O MENOR PATAMAR DOS ÚLTIMOS SEIS MESES
Com o avanço da colheita e os ajustes nas paridades de importação e exportação, os preços do arroz em casca caíram para o menor patamar dos últimos seis meses. Mesmo assim, as cotações atuais continuam bastante superiores à média dos últimos 15 anos, em termos reais. Nessa terça-feira, 2, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) fechou a R$ 85,45/saca de 50 kg, o menor valor diário desde 24 de agosto de 2020, quando fechou a R$ 84,52/sc. Entre as duas últimas terças-feiras (23 de fevereiro e 2 de março), o Indicador ESALQ/SENAR-RS registrou queda de 1,5%, para R$ 85,45/sc de 50 kg no dia 2. Em fevereiro, a média mensal foi de R$ 88,08/sc, 2,66% menor que a de jan/21.
ALGODÃO: COM ALTA DE QUASE 11% EM FEVEREIRO, INDICADOR ULTRAPASSA OS R$ 5,00/LP
As cotações da pluma fecharam fevereiro com elevação expressiva, superando os R$ 5,00/lp. Entre 29 de janeiro e 26 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, avançou 10,72%. Nos últimos sete dias, especificamente, a elevação foi de 5,1%, fechando a R$ 5,2191/lp nessa terça-feira, 2, o maior valor nominal da série do Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta do Indicador, observado desde meados de 2020, vem da recuperação do consumo em toda a cadeia têxtil, que, inclusive, superou as expectativas de agentes do setor, o que acaba pressionando os estoques de passagem em relação ao que se esperava. Como resultado, os preços internacionais subiram, aumentando a paridade e elevando os valores no Brasil.
TOMATE: OFERTA ELEVADA E MENORES QUALIDADE E DEMANDA PRESSIONAM COTAÇÕES
Os preços do tomate salada longa vida 3A caíram nas principais centrais de abastecimento acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea na última semana de fevereiro. De acordo com relatos de colaboradores, as desvalorizações estiveram atreladas à maior oferta do fruto, devido ao pico da safra de verão, à maior disponibilidade de ponteiros (há praças com parte das lavouras em final de ciclo e, portanto, gerando maior oferta de ponteiros), à menor qualidade, com tomates manchados devido às chuvas, principalmente em Caçador (SC), Carmópolis de MG e Ribeirão Branco (SP), e à menor demanda, o que é típico em fim de mês. Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, a maior oferta é de tomates maduros e de qualidade inferior. Nesse cenário, a caixa de 18-20 kg teve preço médio de R$ 45,26 na Ceagesp entre os dias 22 e 26 de fevereiro, 18,8% menor que o da semana anterior. Em Campinas (SP), a média foi de R$ 53,42/cx, queda de 17,8% na mesma comparação. No Rio de Janeiro (RJ), a desvalorização foi de 4,6%, para R$ 53,29/cx na última semana do mês; e em Belo Horizonte (MG), os preços caíram 18,9%, para R$ 41,56/cx, em média, na última semana de fevereiro.