Os valores do café arábica continuam em baixa neste mês, seguindo o movimento observado em outubro, segundo dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, vem operando abaixo de R$ 1 mil por saca desde o dia 1º – nessa terça-feira, 8, o Indicador fechou a R$ 934,82/saca de 60 kg, recuo de 7% frente a 31 de outubro. Pesquisadores do Cepea apontam que a pressão sobre os valores internos vem do clima favorável. Com as chuvas constantes nas regiões produtoras, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, e cafeicultores seguem com boas expectativas para a próxima safra 2023/24, ainda que seja de bienalidade negativa.
ARROZ: NOVEMBRO SE INICIA COM PREÇOS FIRMES
Os preços do arroz em casca começaram novembro firmes, conforme apontam dados do Cepea. Esse cenário está atrelado à maior demanda doméstica e tem sido observado mesmo com o baixo ritmo de negócios efetivos nos últimos dias – visto que produtores estão resistentes. De 31 de outubro a 8 de novembro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) subiu 1,4%, encerrando a R$ 81,28/sc de 50 kg no dia 8. EXPORTAÇÕES – Os embarques do arroz brasileiro em base casca atingiram volume e receita recordes em outubro/22, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Segundo a Secretaria, o Brasil exportou 387 mil toneladas do cereal, superando o volume mais alto da série até então, de 316,24 mil toneladas, registrado em junho de 2020. A receita, por sua vez, totalizou o também recorde de US$ 122,54 milhões em outubro deste ano.
ALGODÃO: VALORES INTERNOS REAGEM
Os valores do algodão em pluma vêm registrando movimento de recuperação nesta semana. Depois de iniciar o mês na casa dos R$ 4,8/libra-peso, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 5,1099/lp nessa terça-feira, 8, aumento de 1,3% frente ao encerramento de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, a reação nos preços internos está atrelada à posição mais firme de vendedores, que, por sua vez, estão atentos à elevação da paridade de exportação e às intensas valorizações dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE futures).