Os preços do café arábica vêm oscilando nas últimas semanas, influenciados pelas flutuações nos valores externos da variedade, pela retração vendedora no físico nacional e pelo dólar. Ainda assim, no geral, o movimento que tem sido observado no mercado doméstico é de alta. Nessa quarta-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 590,34/saca de 60 kg, avanço de 1,5% no acumulado da parcial de abril e sendo o maior preço nominal diário da série histórica do Cepea. Já em termos reais, trata-se do maior patamar desde fevereiro de 2017, quando a média mensal do Indicador atingiu R$ 591,40 (deflacionada). O maior Indicador real da série do Cepea, por sua vez, é de R$ 1.352,61/saca, verificado em maio de 1997.
BOI: PREÇOS OSCILAM AO LONGO DA PRIMEIRA QUINZENA
Diante do atual cenário de incertezas por conta da pandemia de coronavírus, muitos operadores ficam ativos no mercado apenas quando há maior necessidade, seja de compra e/ou de venda. Com isso, os preços da arroba oscilaram com certa força na primeira quinzena de abril. Em São Paulo, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 fechou a R$ 198,50 nessa quarta-feira, 15, com queda de 2,29% no acumulado parcial do mês. Nestes primeiros 15 dias, a mínima do Indicador, de R$ 195,40, foi observada no dia 2, ao passo que a máxima de R$ 203,00, no dia 1º, diferença de 7,6 Reais/arroba.
SUÍNOS: PREÇOS DO VIVO RECUAM COM DEMANDA ENFRAQUECIDA POR CARNE
As cotações do suíno vivo seguem em forte queda na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. As baixas no mercado independente ocorrem por conta da procura desaquecida pela carne, que está inferior à oferta. A indústria, que, de modo geral, tem trabalhado com produção reduzida, compra menos lotes de suínos no mercado independente. No acumulado de abril, o suíno se desvalorizou 20,3% na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), chegando a R$ 4,21/kg na quarta-feira, 15. Quanto aos insumos, ainda que as cotações também estejam se enfraquecendo nos últimos dias, a desvalorização do suíno tem sido mais intensa, pressionando a relação de troca atual de animal vivo por milho ou por farelo de soja para o menor patamar desde setembro de 2018.