As cotações do café estão subindo de forma expressiva no mercado brasileiro, o que tem aumentado o poder de compra de produtores, de acordo com informações do Cepea. Especificamente para o arábica, em novembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 foi de R$ 475,13/saca de 60 kg, aumentos de 12,7% frente à de outubro e de 2,9% na comparação com novembro/18, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de out/19). Essa recuperação no caixa e o retorno das chuvas nas regiões produtoras têm feito com que cafeicultores voltem suas atenções aos tratos das lavouras para a temporada 2020/21. Até então, com os preços baixos, que limitavam o poder de compra de produtores, muitos estavam preocupados com a manutenção dos tratos culturais nesta safra.
ARROZ: PREÇOS SOBEM COM FORÇA E ULTRAPASSAM R$ 47,00/SC
Os valores do arroz em casca estão acima dos R$ 47,00/sc, patamar que não era visto desde março de 2017, em termos nominais, segundo informações do Cepea. Esse cenário se deve à demanda aquecida – vale ressaltar que, para efetivar novas aquisições, boa parte dos compradores aumentou as ofertas. Além disso, o movimento de alta tem se intensificado pela retração de produtores, visto que deram preferência por adiantar o semeio do arroz. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada para o estado do Rio Grande do Sul) registrou avanço de 1,64% entre 26 de novembro e 3 de dezembro, fechando a R$ 47,53/sc de 50 kg, na terça-feira, 3. Em novembro, a elevação foi de 1,48%.
ALGODÃO: INDICADOR TEM AUMENTO MAIS INTENSO DESDE MAIO/18
No acumulado de novembro (entre 31 de outubro e 29 de novembro), o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, avançou 6%. Esta foi a maior elevação mensal desde maio/18, quando o Indicador subiu fortes 12%. Segundo pesquisadores do Cepea, com agentes priorizando os embarques aos mercados externo e interno e diante da baixa oferta no mercado spot nacional, especialmente de pluma de qualidade, as cotações subiram com força no correr de novembro. Quanto ao mercado externo – que, vale lembrar, já se mostrava atrativo em outubro, quando as exportações de pluma atingiram recorde – esteve bastante favorável ao produtor brasileiro em novembro. Esse cenário foi resultado da forte valorização do dólar frente ao Real entre 31 de outubro de 29 de novembro, de 5,56%, que elevou a vantagem da exportação em detrimento do mercado doméstico.