Diante da baixa volatilidade e da ausência de novidades nos fundamentos, o mercado internacional do café andou de lado nesta semana, encontrando suporte com compras especulativas, porém resistência com as rolagens para fora do primeiro vencimento.
Na Bolsa de Nova York, o contrato maio/2018 subiu 45 pontos no acumulado semanal, negociado a US$ 1,1790 por libra-peso no pregão de ontem. Na ICE Futures eUROPE, o vencimento maio do café robusta encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.711 por tonelada, com perdas de US$ 19 ante a semana anterior.
Outro fator de trava para o avanço dos futuros do café foi o fortalecimento do dólar, que avançou com a sinalização do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que um ataque à Síria não é necessariamente iminente e com a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que apresentou que os dirigentes estão preocupados com o nível de valorização da moeda comum.
No Brasil, a divisa norte-americana registrou incremento de 1,2% na comparação com o real ao longo da semana, fechando os negócios de ontem a R$ 3,408. Internamente, a moeda se fortaleceu com a sinalização do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que o País possui força para conter a volatilidade da taxa de câmbio.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que continua a incidência de chuvas mais significativas nas áreas produtoras de conilon do Espírito Santo. Já nas regiões de arábica, em especial o norte do Paraná e parte do Sudeste brasileiro, o ar seco impede a formação de nuvens de chuva, mas uma frente fria situada no Uruguai pode avançar nos próximos dias e, trazendo áreas de instabilidade, deverá provocar precipitações entre a Região Sul, São Paulo e parte de Minas Gerais.
A Somar prevê, ainda, que, nos próximos cinco dias, os maiores acumulados ocorrerão na faixa entre o norte paulista, Mogiana, sul e Triângulo Mineiro, atingindo até 70 milímetros, mesmo volume previsto para Rondônia. O norte do Paraná, por sua vez, deverá receber o volume máximo de 15 mm de precipitação.
No mercado interno, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) cita que os negócios permanecem travados em meio à retração dos agentes. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 433,34/saca e a R$ 319,35/saca, com variações de 1,2% e 0,9% respectivamente.