As negociações tanto do arábica quanto do robusta seguem em ritmo calmo, de acordo com levantamento do Cepea. Esse cenário se deve aos feriados no Brasil e também nos Estados Unidos, que deixaram muitos agentes fora do mercado nos últimos dias, limitando o fechamento de novos negócios. Além disso, as cotações externas de ambas as variedades recuaram nos últimos dias, reforçando a retração de vendedores. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 446,30/saca de 60 kg nessa terça-feira, 27, alta de 1,32% em relação à terça anterior, 20. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 333,96/sc de 60 kg na terça, leve aumento de 0,63% na mesma comparação.
ARROZ: PREÇOS CAEM PELA NONA SEMANA SEGUIDA
Os preços do arroz em casca caíram no mercado sul-rio-grandense pela nona semana consecutiva. De 20 a 27 de novembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, caiu 1,03%, fechando a R$ 40,93/sc na terça-feira, 27. Boa parte das beneficiadoras consultadas pelo Cepea trabalha com o arroz em casca já adquirido, reduzindo suas ofertas, mesmo para os lotes de arroz em casca depositado em seus armazéns. Em relação às vendas de beneficiado, poucas empresas afirmam que os pedidos de fardo do setor varejista e atacadista estão levemente maiores, entretanto, a “queda de braço” quanto aos valores do fardo segue intensa. Orizicultores consultados pelo Cepea, por sua vez, estão menos presentes no mercado, visto que parte deles tem expectativa de que o preço da saca possa aumentar nas primeiras semanas de 2019, fundamentados no período de entressafra. Apenas aqueles com necessidade de “fazer caixa” disponibilizaram seus lotes para atender aos compromissos de safra, pois alguns estão semeando arroz e/ou soja.
ALGODÃO: PREÇO DA PLUMA OSCILA NESTE FINAL DE MÊS
Os preços ofertados por compradores e os pedidos por vendedores e também a qualidade da pluma disponibilizada no mercado interno têm apresentado fortes disparidades, segundo pesquisas do Cepea. Diante disso, os valores da pluma vêm registrando oscilações neste final de novembro. Entre 20 e 27 de novembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu ligeiro 0,34%, fechando a R$ 2,9467/lp nessa terça-feira, 27. A maioria das indústrias ativas oferta valor abaixo do pedido por vendedor. No entanto, em casos de maior necessidade, esses compradores acabam sendo mais flexíveis – ou cedem no preço ou na qualidade. Já outros agentes da indústria se mantêm retraídos do mercado, utilizando o produto em estoque e/ou de contratos realizados anteriormente. Já cotonicultores seguem atentos ao beneficiamento da temporada 2017/18, que, por sua vez, já está com boa parte da produção comprometida.
MANGA: BAIXA QUALIDADE PREOCUPA MANGICULTORES PAULISTAS
A colheita nos pomares de palmer e Haden foi iniciada na região de Valparaíso/Mirandópolis (SP). Apesar disso, o clima é de desânimo entre grande parte dos produtores consultados pelo Cepea, visto que estão com pouco investimento, devido às dificuldades enfrentadas no setor nos últimos anos. Além disso, agricultores seguem preocupados com a qualidade da fruta, que foi prejudicada pelo excesso de chuvas e pelas altas temperaturas, que podem favorecer o aparecimento de doenças bacterianas e fúngicas. Com isso, segundo produtores, uma parcela da produção deve ser direcionada para a indústria, tendo em vista a qualidade insuficiente para o mercado de mesa. De acordo com levantamento do Cepea, entre 19 e 23 de novembro, o preço médio da palmer na região foi de R$ 1,00/kg, com tendência de queda para as próximas semanas.