Os preços do café arábica estão em forte queda no mercado brasileiro, de acordo com dados do Cepea. O motivo para a baixa é a expectativa de ampla oferta do grão, devido à safra recorde em 2018/19 no Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 408,01/saca de 60 kg nessa terça-feira, 21, recuo de 4,26% entre 14 e 21 de agosto. Quanto ao robusta, os preços também estão em queda, influenciados pelo recuo externo e pela desvalorização do arábica. Este cenário tem mantido grande parte dos vendedores distante do mercado e dificultado os negócios. No campo, com a colheita do café robusta finalizada e a do arábica na reta final no Brasil, produtores já dirigem suas atenções para a próxima temporada (2019/20). Após as chuvas deste início de agosto, floradas já podem ser observadas em praticamente todas as regiões.
ALGODÃO: RITMO DE NEGÓCIOS SEGUE LENTO; BAIXAS SE MANTÊM
As negociações da pluma estão em ritmo lento no mercado brasileiro, e os preços seguem em queda, segundo pesquisadores do Cepea. De modo geral, o que se verifica é vendedor flexível nos preços e indústrias ofertando valores ainda menores. De 14 a 21 de agosto, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 0,68%, fechando a R$ 3,2203/lp nessa terça-feira, 21. Na parcial de agosto, o Indicador acumula baixa de 3,3%. No campo, cotonicultores estão focados nas atividades de campo e no beneficiamento da temporada 2017/18. Segundo o Imea (Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária), até o dia 17, a colheita da safra 2017/18 em Mato Grosso estava em 52,98% do total, avanço de 13,79 pontos percentuais frente ao dia 10, mas abaixo do mesmo período da temporada anterior e da média dos últimos cinco anos (de 56,35% e 67%, respectivamente).
MANGA: COLHEITA DE TOMMY GANHA RITMO NA BAHIA
À medida que setembro se aproxima, o volume de manga tommy tende a aumentar no mercado brasileiro, conforme indicam pesquisadores do Hortifruti/Cepea. Produtores de Livramento de Nossa Senhora (BA) intensificaram a colheita da variedade na semana passada (de 13 a 17 de agosto). Mesmo que em volume reduzido (bem menor do que o de palmer), a oferta da tommy já é significativa na região. Ainda assim, o volume nacional continua baixo, o que garante mercado aquecido para a variedade. Em Livramento, a tommy teve média de R$ 1,92/kg, um pouco menor que em Petrolina/Juazeiro (PE/BA), a R$ 1,98/kg.