As cotações do café arábica recuaram nos últimos dias, após atingirem novo recorde nominal na primeira quinzena de fevereiro. Nessa terça-feira, 22, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.453,13/saca de 60 kg, forte queda de 46,24 Reais/sc (ou de 3,08%) frente ao da terça anterior, 15. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores do arábica veio das desvalorizações dos futuros da variedade e do dólar. Diante disso, agentes se afastaram do spot nacional, reforçando a baixa liquidez. ROBUSTA – Os preços têm apresentado poucas oscilações nas últimas semanas. Vendedores estão retraídos do spot, devendo negociar maiores volumes apenas com a aproximação da colheita ou diante de nova valorização.
ARROZ: PREÇO AVANÇA MESMO EM INÍCIO DE COLHEITA
Os preços do arroz estão em alta, apesar do atual período de início da colheita, conforme indicam dados do Cepea. A restrição vendedora, devido às preocupações com o volume da safra 2021/22, deram o tom altista. Entre 15 e 22 de fevereiro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS subiu 1,87%, fechando a R$ 73,69/saca de 50 kg nessa terça-feira, 22 – na parcial do mês (até o dia 22), o avanço é de fortes 15,1%. Do lado comprador, empresas seguem cautelosas, realizando negócios pontuais e aguardando a entrada efetiva do produto já negociado anteriormente.
ALGODÃO: RECUO EXTERNO PRESSIONA INDICADOR
Os preços do algodão em pluma registraram baixa nos últimos dias, segundo indicam dados do Cepea. Entre 15 e 22 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma caiu 1,38%, fechando a R$ 6,9253/lp na terça-feira, 22. Na parcial de fevereiro, a queda é de 0,81%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o recuo está atrelado ao enfraquecimento nos valores externos, à queda na paridade de exportação e à desvalorização do dólar. Enquanto alguns produtores seguem afastados do mercado spot, parte dos vendedores ativos está mais flexível nos valores de negociação. Quanto à demanda, indústrias trabalham com a pluma em estoque e/ou recebida por meio de contratos a termo, e as que necessitam de novos lotes ofertam valores ainda menores para novas aquisições, atentas às fracas vendas de produtos finais no varejo.