A forte recuperação nos preços externos e internos dos cafés arábica e robusta tem atraído agentes ao mercado e, com isso, elevado a liquidez doméstica. Assim, os negócios envolvendo o café da safra 2019/20 – e também os da próxima temporada – apresentam bom ritmo. Especificamente para o café arábica, até semana passada, a comercialização da safra 2019/20 já havia superado os 70% do volume total colhido entre as regiões acompanhadas, segundo colaboradores do Cepea. Vendas foram registradas para grãos de diferentes características, com destaque para os de qualidade boa a superior, que têm sido bastante demandados. Ressalta-se que o percentual deste tipo de café é baixo nesta safra, resultado do clima desfavorável na colheita e em boa parte do desenvolvimento do grão. Quanto ao robusta, até a semana passada, de 65 a 75% dos grãos da safra 2019/20 haviam sido negociados no Espírito Santo. Em Rondônia, o volume comercializado é de 90 a 95% do total colhido. Em relação aos preços, nessa terça-feira, 10, Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 557,99/sc, elevação expressiva de 6% em relação à terça anterior, 3. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 (a retirar no Espírito Santo) fechou a terça-feira, 10, a R$ 321,29/sc de 60 kg, elevação de 2,1%, na mesma comparação.
ARROZ: EXPORTAÇÕES ELEVADAS MANTÊM PREÇO FIRME NO BR
As exportações brasileiras de arroz em casca seguem em alta, reduzindo a oferta do cereal e consequentemente impulsionando os valores no mercado interno. Conforme dados da Secex, os embarques do casca aumentaram expressivos 59,2% entre outubro e novembro, somando 130,56 mil toneladas no último mês. No Brasil, a menor disponibilidade do produto nas regiões mais próximas aos portos tem direcionado agentes para compras em praças do interior do Rio Grande do Sul, favorecendo o avanço dos preços em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Entre 3 e 10 de dezembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada para o estado do Rio Grande do Sul) subiu 0,76%, fechando a R$ 47,89/sc de 50 kg nessa terça-feira, 10.
ALGODÃO: LIQUIDEZ DIMINUI, MAS COTAÇÕES SEGUEM FIRMES
O número de agentes ativos no mercado de algodão em pluma diminuiu neste início de dezembro, cenário que tem limitado a liquidez interna. Apesar disso, os preços estão relativamente firmes, ainda na casa dos R$ 2,60/libra-peso. Segundo colaboradores do Cepea, com a proximidade do recesso de fim de ano, vendedores se voltam ao cumprimento de contratos, enquanto outros ainda estão beneficiando o algodão da safra 2018/19 e atentos ao início da semeadura da próxima temporada. Do lado comprador, parte das indústrias deve interromper as atividades em breve, voltando apenas no início de janeiro. Além disso, dificuldades logísticas, também atrapalham novos negócios no spot. Tradings, por sua vez, ainda negociam o produto para exportação, reduzindo ainda mais a disponibilidade de pluma no mercado interno. Entre 29 de novembro e 10 de dezembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou ligeiro 0,28%, fechando a R$ 2,6487/lp na terça-feira, 10.
BANANA: NANICA E PRATA LITORAL SE VALORIZAM NA CEAGESP
Os preços das bananas nanica e prata litoral de primeira qualidade registraram novo aumento no atacado paulistano na última semana (2 a 6). Segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, as valorizações estiveram atreladas à oferta reduzida dessas variedades nas principais regiões produtoras. Especificamente para a nanica, a alta no preço também esteve relacionada ao aumento das exportações ao Mercosul. Na Ceagesp, a nanica de primeira foi vendida na média de R$ 47,00/cx de 22kg entre 2 e 6 de dezembro, valor 18% superior ao da semana anterior. Já o preço da prata litoral de primeira qualidade fechou na média de R$ 41,25/cx de 20 kg, alta de 10% na mesma comparação. Para as próximas semanas, as ofertas de ambas as variedades devem seguir controladas, favorecendo novos aumentos nos preços, principalmente nos da nanica.