Muitos compradores e, principalmente, vendedores consultados pelo Cepea seguem retraídos do mercado, mantendo a liquidez interna muito baixa. Os preços são considerados insatisfatórios no spot, deixando grande parte dos vendedores concentrada nas entregas já programadas – esses agentes consultados pelo Cepea devem voltar ao mercado com maior força entre o final de agosto e setembro. Isso porque, além da finalização dessas entregas, produtores podem ter maior necessidade de “fazer caixa”, devido às adubações e outros tratos culturais realizados no pré e pós-florada. Do lado da demanda, compradores podem se tornar mais ativos após as férias e devido às expectativas de redução das temperaturas no Hemisfério Norte. Nessa terça-feira, 13, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 405,06/saca de 60 kg, leve alta de 0,09% em relação à terça anterior, 6. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 finalizou a R$ 278,90/sc de 60 kg, avanço de 1% em relação à terça anterior, 6.
ARROZ: PRODUTOR SE RETRAI E PREÇO DO CASCA TEM LEVE ALTA
Entre 6 e 13 de agosto, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registou leve alta de 0,3%, fechando a R$ 43,21/sc de 50 kg na terça- feira, 13. Em agosto (até o dia 13), o Indicador subiu 0,7%. Apesar de a indústria demonstrar interesse por novas aquisições, principalmente de arroz depositado, boa parte optou em ofertar os mesmos valores. Com necessidade de repor seus estoques, algumas beneficiadoras estiveram ativas no spot também para o arroz “livre” (armazenado nas propriedades rurais) e poucas chegaram a ofertar preços superiores. Do lado produtor, a maioria seguiu retraída, realizando negociações apenas devido à necessidade de “fazer caixa” e atender os pagamentos de safra, conforme levantamento do Cepea. Orizicultores seguem na expectativa de aumento nas cotações do casca para os próximos meses de entressafra, atentos à menor disponibilidade no mercado desta safra 2018/19, por causa da quebra de safra e, até mesmo, pela valorização do dólar frente ao Real.
ALGODÃO: PELA 10ª SEMANA, INDICADOR REGISTRA QUEDA
Compradores de algodão consultados pelo Cepea estão sem interesse em realizar novas aquisições no spot nacional. A maior parte das indústrias utiliza a matéria-prima estocada e/ou recebida e, quando há necessidade, busca pequenos volumes para reposição, mas oferta valores inferiores pela pluma. Apenas comerciantes estão mais ativos na compra de pluma, a fim de atender a programações, enquanto tradings estão retraídas, atentas aos baixos preços internacionais e à alta do dólar nos últimos dias. Do lado vendedor, boa parte se volta ao cumprimento dos contratos realizados anteriormente. De acordo com colaboradores do Cepea, o beneficiamento segue lento, devido ao atraso da colheita e à safra volumosa. Além disso, vendedores alegam que os valores atuais estão baixos. Assim, entre 6 e 13 de agosto, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 0,9%, fechando a R$ 2,4509/lp na terça-feira, 13. Esta foi a décima semana consecutiva de recuo nos valores.