Os preços futuros internacionais do café registraram leve recuperação nesta semana, puxados pela depreciação do dólar frente a outras moedas, ao passo que inexiste novidades no lado dos fundamentos.
A divisa se desvalorizou internacionalmente devido às declarações de Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, para quem a fraqueza do dólar é “bem-vinda”, uma vez que favorece o comércio para os EUA. Ele também não demonstrou muita preocupação com a decisão de Japão e outros dez países fecharem o Acordo de Parceria Transpacífico, promovendo livre comércio, sem a participação norte-americana.
No Brasil, o dólar encerrou o pregão de quinta-feira a R$ 3,15, com depreciação de 1,6% na comparação com a semana anterior, pressionado pelo ingresso de fluxo financeiro em função da aposta dos investidores na manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O vencimento março/18 do contrato futuro do café arábica negociado na Bolsa de Nova York acumulou alta de 240 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,2365 por libra peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/18 do café robusta subiu US$ 7 ante a semana anterior, negociado a US$ 1.763 por tonelada.
Em relação ao clima, o serviço Climatempo informa que muitas áreas de instabilidade se espalham hoje por São Paulo, Rio de Janeiro e centro-sul de Minas Gerais, havendo risco de temporais. Para o Espírito Santo e o nordeste de Minas Gerais, não há previsão de chuva, ao passo que sol, aumento de nuvens e pancadas de chuva são esperados a partir da tarde nas demais áreas da Região Sudeste.
Já a Somar Meteorologia espera que os próximos cinco dias sejam de pancadas de chuva frequentes entre Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais, com acumulados atingindo de 40 a 70 milímetros em sete dias. Para Rondônia, a previsão é de chuva mais generalizada e, no Espírito Santo, as precipitações só devem atingir o sul do Estado.
No mercado doméstico, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 441,12/saca e a R$ 316,48/saca, respectivamente, apresentando leves retrações de 0,6% e 0,7% em relação à semana passada. De acordo com agentes consultados pela instituição, o mercado físico segue com baixa liquidez, em meio à ausência de atores.