Produtores brasileiros de café arábica e robusta estão atentos ao clima. Esse cenário somado ao alto volume da atual safra já comercializado mantêm baixa a liquidez envolvendo a safra 2020/21. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos compradores estão com os armazéns cheios, tendo em vista a elevada quantidade negociada no físico em julho e em agosto e o recebimento de café adquirido em meses anteriores. Produtores, por sua vez, se mostram mais capitalizados neste ano, após terem comercializado grande volume da safra 2020/21 a preços mais remuneradores. No campo, as altas temperaturas e a baixa umidade em todas as regiões produtoras de café arábica e robusta têm preocupado produtores quanto à produção da safra 2021/22. Agentes consultados pelo Cepea indicam que o clima tem prejudicado a condição fisiológica das plantas, que já estavam debilitadas após a colheita, especialmente no caso do arábica. Com o tempo quente e seco, as primeiras floradas já abertas também podem ser abortadas, especialmente na região de Garça (SP), onde as flores foram mais significativas.
ARROZ: COTAÇÕES SEGUEM FIRMES; LOTES HETEROGÊNEOS LIMITAM NEGÓCIOS
O movimento de alta dos preços do arroz em casca continua, mas com menor intensidade. Entre 29 de setembro e 6 de outubro, o Indicador do arroz ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, subiu 1,1%, fechando a R$ 105,33/saca de 50 kg nessa terça-feira, 6. Colaboradores do Cepea indicam que esse cenário está atrelado ao baixo ritmo de negócios no spot nacional, devido à posição firme dos vendedores. Enquanto compradores buscam lotes de qualidade a preços menores, orizicultores disponibilizam lotes heterogêneos a valores firmes, o que acirra a “queda de braço” entre esses agentes. Assim, há dificuldades em fechar novos negócios, devido à oferta de lotes com qualidade mista. Na média de setembro/20, o Indicador fechou a R$ 104,39/sc de 50 kg, o maior valor real mensal da série histórica do Cepea, deflacionada pelo IGP-DI.
ALGODÃO: PREÇOS REGISTRAM PEQUENAS OSCILAÇÕES NESTE INÍCIO DE MÊS
Neste início de outubro, os preços do algodão em pluma registram apenas pequenas oscilações. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores nacionais se mostram capitalizados e, por isso, estão firmes nos valores pedidos pelo baixo volume de pluma que disponibilizam no spot. Do lado da demanda, compradores com necessidade de repor estoques acabam pagando os maiores preços pedidos por vendedores, especialmente no caso de lotes de qualidade superior. No geral, no entanto, os fechamentos envolvem apenas pequenos volumes. Entre 29 de setembro e 6 de outubro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1%, fechando a R$ 3,2619/lp nessa terça-feira, 6.