Os preços do café caíram com força nos últimos dias no mercado internacional, pressionados principalmente pelo avanço da colheita no Brasil, que tem previsão de término para as próximas semanas. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário reduziu as cotações também no Brasil e dificultou o fechamento de negócios no mercado doméstico e para exportação. No entanto, ainda que poucos negócios estejam sendo fechados em agosto – visto que produtores consideram as cotações atuais insatisfatórias –, as exportações deste mês podem não recuar tanto. Isso porque, em julho, diversos negócios foram efetivados no mercado físico, e parte deles está sendo embarcada neste mês, limitando possíveis quedas oriundas do menor número de negócios realizados em agosto.
ARROZ: INDICADOR SEGUE EM ELEVAÇÃO
As cotações do arroz em casca estão em expressiva alta no mercado do Rio Grande do Sul, segundo dados do Cepea. O Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) está na casa dos R$ 94,00/saca de 50 kg, patamar nominal que foi observado pela última vez em dezembro de 2020. De acordo com pesquisadores do Cepea, a elevação é explicada pela restrição vendedora e pela boa demanda, em um ambiente de estoques limitados de arroz. Com custos menores, as margens do produtor vêm registrando recuperação, voltando aos melhores patamares em dois anos.
ALGODÃO: NEGÓCIOS ESTÃO LENTOS NO BRASIL
As recentes quedas nos preços externos do algodão têm mantido lento o ritmo de negócios envolvendo a pluma no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, cotonicultores estão focados na colheita, no beneficiamento e na entrega de contratos a termo. Os vendedores ativos estão firmes em suas ofertas, especialmente nos casos envolvendo lote de qualidade superior. Agentes de indústrias, por sua vez, realizam novas negociações apenas para necessidades imediatas e/ou reposição de estoques. Diante disso, os preços do algodão vêm registrando apenas pequenas variações diárias.