Após o ligeiro aumento da liquidez no início deste mês, agentes se afastaram do mercado nos últimos dias, reduzindo o ritmo de negócios envolvendo arábica e robusta. Conforme colaboradores do Cepea, muitos produtores estão com as atenções voltadas à colheita da safra 2018/19. Além disso, o XXII Seminário Internacional de Café de Santos, realizado nos dias 9 e 10 de maio, também limitou os negócios, já que grande parte dos agentes participou do evento. Nessa terça-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, fechou a R$ 445,21/saca de 60 kg, queda de 0,4% em relação à terça anterior, 8. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 fechou a R$ 326,97/sc, estável frente à terça anterior, 8.
ARROZ: APESAR DA DEMANDA FIRME, INDICADOR SEGUE ESTÁVEL
Os preços do arroz em casca permanecem estáveis no Rio Grande do Sul, apesar da demanda firme. Segundo pesquisadores do Cepea, uma maior disparidade entre os valores pedidos tem sido observada dentre as regiões produtoras do estado – os patamares estão mais elevados na região da Zona Sul, devido às exportações. Do lado vendedor, alguns orizicultores optam por negociar soja e/ou boi gordo, restringindo as vendas de casca. Além disso, muitos estão focados no encerramento da colheita. Nesse cenário, de 8 a 15 de maio, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, permaneceu estável, fechando a R$ 36,46/saca de 50 kg, no dia 15.
ALGODÃO: PREÇO ATINGE MAIOR PATAMAR NOMINAL DESDE ABR/11
O valor do algodão em pluma segue em alta no mercado brasileiro, impulsionado pela oferta restrita. Entre 8 e 15 de maio, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 4,2%, fechando a R$ 3,5758/lp no dia 15 – o maior valor diário nominal desde o dia 14 de abril de 2011 (R$ 3,6246). Segundo colaboradores do Cepea, vendedores têm disponibilizado poucos lotes da pluma no spot, pelos quais pedem valores acima dos ofertados por compradores. Essa postura mais resistente de vendedores neste momento está balizada no bom escoamento da safra 2016/17 (principalmente com exportações), na desvalorização do Real nos dois últimos meses (que desfavorece as importações) e nas incertezas quanto ao período de entrada da nova safra no mercado spot (que vai depender de como será o final do ciclo da lavoura). Do lado comprador, muitos adquirem pequenos volumes para atender a necessidades rápidas. Outras indústrias estão fora do mercado, trabalhando com a matéria prima já contratada e/ou diminuem a produção. Empresas alegam dificuldade em repassar as valorizações da pluma aos derivados e, com isso, se mantêm na expectativa de queda no preço do algodão com o avanço da colheita da nova safra.
TOMATE: ATRASO NA MATURAÇÃO IMPULSIONA VALORES NO ATACADO
Noites mais frias em muitas regiões produtoras de tomate, como Sumaré e Mogi Guaçu (SP), atrasaram a maturação dos frutos, impulsionando as cotações. Entre 7 e 11 de maio, os preços dos tomates salada longa vida 2A e 3A subiram 21,3% e 11,32%, respectivamente, na Ceagesp, para R$ 32,60 e R$ 54,22//cx de 20 kg. Já em Venda Nova do Imigrante (ES), apesar das menores temperaturas à noite, o volume ofertado permanece estável, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea – a colheita da primeira parte da safra de inverno pode estar se intensificando na praça capixaba.