Os negócios envolvendo café estão lentos no mercado brasileiro, tanto para o arábica quanto para o robusta. Segundo colaboradores do Cepea, além de boa parte dos produtores estar focada na colheita, o dólar mais fraco e a queda das cotações externas de ambas as variedades reforçaram a retração de agentes durante a semana. Para o arábica, especificamente, a queda dos futuros acabou pressionando os valores no mercado físico. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica fechou a terça-feira, 19, a R$ 446,42/saca de 60 kg, queda de 1,9% em relação ao dia 12. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 333,22/saca de 60 kg, queda de 0,6% na mesma comparação. Quanto à colheita da temporada 2018/19, as atividades começaram a ganhar ritmo no Brasil nos últimos dias, favorecidas pelo tempo mais firme. Nesse cenário, um maior volume de café novo deve começar a entrar no mercado.
ARROZ: DEMANDA AQUECIDA IMPULSIONA PREÇOS DO CASCA
A firme demanda por arroz em casca, seja por parte de indústrias nacionais ou de tradings para exportação, impulsionou as cotações do cereal no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, compradores com necessidade de repor estoques estiveram ativos no mercado de casca, ofertando maiores valores pelo produto, visto que a procura pelo arroz beneficiado está firme. Do lado vendedor, alguns orizicultores disponibilizaram lotes para “fazer caixa” e cumprir com compromissos de safra, enquanto outros seguiram negociando soja. Entre 12 e 19 de junho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros subiu 2,8%, fechando a R$ 39,69/sc de 50 kg nessa terça-feira, 19. Na parcial de junho (até o dia 19), o Indicador registra alta de 5,67%.
ALGODÃO: DISPUTA ENTRE VENDEDOR E COMPRADOR LIMITA VALORIZAÇÃO DA PLUMA
A disparidade entre os valores pedidos por vendedores e os ofertados por compradores tem limitado o ritmo de negócios no mercado brasileiro de algodão em pluma e resultado em pequenas oscilações diárias de preços. No geral, ainda que a colheita tenha se iniciado em São Paulo e na Bahia, a disponibilidade de pluma ainda é baixa. Segundo colaboradores do Cepea, compradores estão cautelosos, adquirindo pequenos volumes apenas para atender a necessidades imediatas, seja para repor estoques (no caso da indústria) ou para entrega de contratos (no caso de comerciantes). Cotonicultores, por sua vez, estão com as atenções voltadas às lavouras da safra 2017/18, com boas expectativas quanto ao volume de colheita nesta temporada. Entre 12 e 19 de junho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, permaneceu praticamente estável (-0,1%), fechando a R$ 3,7808/lp nessa terça-feira, 19. Na parcial de junho (de 30 de maio a 19 de junho), o Indicador registra pequena alta de 0,85%.
TOMATE: PRIMEIRA PARTE DA SAFRA DE INVERNO SE INTENSIFICA E VALORES RECUAM
O tomate salada longa vida se desvalorizou na Ceagesp nos últimos dias. O recuo dos preços está atrelado ao aumento do volume de tomates nas regiões que estão colhendo a primeira parte da safra de inverno, como Sumaré e Mogi Guaçu, em São Paulo, Araguari (MG) e Venda Nova do Imigrante (ES). As temperaturas subiram nessas praças na última semana, o que acelerou a maturação dos frutos, pressionando as cotações. A maior oferta de tomates ponteiros também contribui para a desvalorização. Entre 11 e 15 de junho, os tomates salada longa vida 2A e o 3A tiveram preço médio de R$ 23,00 e de R$ 37,89/cx de 20 kg, respectivas quedas de 34,69% e de 38,38% frente às médias da semana anterior.