A liquidez no mercado interno de café está baixa neste começo de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos agentes estão atentos aos possíveis impactos de geadas em parte dos cafezais de arábica do Noroeste do Paraná e de São Paulo (Garça e Alta Paulista). Por enquanto, agentes do Paraná consultados pelo Cepea ainda estão averiguando a dimensão dos danos, mas, em São Paulo, colaboradores apontam que poucas lavouras tiveram prejuízos expressivos. Passada a onda de frio no Brasil, os valores internacionais do arábica recuaram, pressionando as cotações internas e mantendo produtores afastados do mercado. Nessa terça-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 817,13/saca de 60 kg, queda de 3,21% no acumulado da parcial de julho.
ARROZ: QUEDA EM JUNHO SUPERA 12% E É A MAIS EXPRESSIVA DESDE MAR/17
A média de preços do arroz recuou de forma significativa entre maio e junho. No mês passado, o Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz 58% de inteiros e pagamento à vista teve média de R$ 73,15/sc de 50 kg, expressivos 12,13% inferior à de maio/21, e o recuo mais intenso, em termos nominais, desde março de 2017, quando foi de 13,8%. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda é reflexo da pressão de atacadistas e varejistas em relação aos valores do beneficiado. Indústrias, por sua vez, tiveram que baixar os preços de venda desse produto, oferecendo, consequentemente, cotações mais baixas para a compra da matéria-prima. Neste início de julho, no entanto, as cotações estão mais firmes, visto que a demanda voltou a se aquecer.
ALGODÃO: INDICADOR VOLTA A REAGIR NESTE COMEÇO DE JULHO
Os preços internos do algodão voltaram a reagir neste início de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da restrição de vendedores, que, neste início de safra, se mostram incertos quanto à produtividade e à qualidade da pluma. Além disso, muitos produtores já comprometeram bons volumes por meio de contratos a termo, limitando a oferta no spot. Pesquisadores do Cepea ressaltam que as variações positivas só não foram mais intensas devido à resistência de compradores em pagar valores maiores e à maior oferta de tradings ao mercado interno, tendo em vista que a venda doméstica remunera mais que as exportações. No acumulado da parcial de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 3,68%, fechando a R$ 4,8639/lp na terça-feira, 6.