As cotações do café arábica seguem em queda no mercado nacional, pressionadas pelo avanço da colheita da safra 2020/21 no Brasil e pela desvalorização do dólar frente ao Real. Assim, na primeira semana de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, voltou a fechar abaixo de R$ 500/saca de 60 kg, se aproximando dos patamares reais verificados no início de fevereiro deste ano (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de maio/20). Nessa terça-feira, 9, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica fechou a R$ 468,92/sc, recuo de 6,6% frente ao dia 2. O dólar finalizou a R$ 4,877, desvalorização de 6,57% no mesmo comparativo. Acompanhando os fundamentos do café arábica, os preços do robusta também recuaram nos últimos dias. Nessa terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 333,35/sc de 60 kg, 2,7% inferior ao do dia 2 – a retirar no Espírito Santo.
ALGODÃO: RETORNO PARCIAL DE AGENTES AO MERCADO SUSTENTA PREÇO DA PLUMA
Parte dos compradores e dos vendedores tem retomado as negociações envolvendo algodão em pluma neste começo de junho. A liquidez, contudo, tem sido limitada pela disparidade entre os valores ofertados e pedidos e pela baixa disponibilidade de pluma dentro das especificações desejadas. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, algumas indústrias ainda não têm previsão de retorno ao mercado. Como ainda tem sido verificado o carregamento de contratos a termo, parte dos compradores deve continuar abastecida no curto e médio prazos, podendo limitar o avanço da comercialização da pluma neste mês. Outras empresas se mostram estocadas, seja de matéria-prima ou de produtos acabados. Assim, quando compradores entram no mercado, exercem pressão sobre os valores, mas sem sucesso quando buscam lotes de maior qualidade. Do lado vendedor, agentes permanecem firmes nos valores pedidos para entrega imediata. Entre 2 e 9 de junho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu ligeiro de 0,12%, fechando a R$ 2,7122/lp nessa terça-feira, 9.
TOMATE: MATURAÇÃO MAIS LENTA CONTROLA OFERTA E PREÇO SOBE
As baixas temperaturas registradas nas últimas semanas retardaram a maturação dos tomates no campo, limitando a colheita e reduzindo a oferta disponível no mercado. Assim, entre 1º e 5 de junho, o preço do tomate salada longa vida 3A registrou alta nas centrais atacadistas acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Na Ceagesp, a caixa de 18-20 kg foi comercializada na média de R$ 49,87, aumento de 52,9% frente à da semana anterior. No Rio de Janeiro (RJ), a média foi de R$ 50,78, valorização de 23,19% na mesma comparação. Em Belo Horizonte (MG), a alta foi de 48,48%, para R$ 46,67 na última semana, e em Campinas (SP), a média foi de R$ 57,50, aumento de 51,62%.