A colheita de café robusta da safra de 2021/22 está entrando na reta final em Rondônia. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o clima mais firme no estado permitiu o bom andamento das atividades. Até a última sexta-feira, 25, o volume colhido somava de 80 a 90% do esperado da temporada. Assim, as atividades devem ser finalizadas nas primeiras semanas de julho. Os grãos neste final de safra apresentam qualidade de bebida, peneira e quantidade de defeitos distintos entre os lotes, devido às floradas em diferentes períodos e problemas com a seca em 2020. De forma geral, a qualidade dos grãos está um pouco inferior à da última temporada. No Espírito Santo, a colheita também está avançada, totalizando entre 65 e 75% do esperado até a última semana. Diferentemente de Rondônia, agentes consultados pelo Cepea indicam que o clima foi mais favorável no desenvolvimento desta safra (2021/22) no estado capixaba, resultando em qualidade de bebida e peneira satisfatórias.
ARROZ: LIQUIDEZ TEM LEVE AUMENTO; INDICADOR RECUA
A liquidez no mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul cresceu um pouco nos últimos dias, inclusive com novas negociações para exportação. Quanto aos preços, pesquisadores do Cepea indicam que, apesar das reduções nos valores de comercialização em determinadas unidades de beneficiamento, muitos produtores estão mais firmes em seus pedidos. Entre 22 e 29 de junho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz 58% de inteiros e pagamento à vista recuou 0,99%, encerrando a R$ 69,20/saca de 50 kg na terça-feira, 29. No acumulado deste mês, a queda do Indicador é de expressivos 12,79%.
ALGODÃO: COM QUEDA DE 7,2% EM JUNHO, PREÇO VOLTA A PATAMAR DE FEV/21
O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 4,6773/lp nessa terça-feira, 29, baixa de 7,22% no acumulado da parcial de junho. Com isso, os valores atuais voltam aos patamares observados no início de fevereiro deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto parte dos vendedores está firme, atenta à queda dos estoques de algodão, compradores se fundamentam no distanciamento entre os valores domésticos e externos, na proximidade do avanço da colheita da nova safra e na desvalorização do dólar. Ressalta-se que a pressão exercida por compradores prevalece e acaba sendo reforçada pelo fato de alguns vendedores mostrarem interesse em negociar no mercado nacional – que remunera mais que as vendas externas.