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Café: Colheita de Arábica Começa a Ganhar Ritmo no Brasil

Publicado 23.06.2021, 10:00
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Após o início mais lento, a colheita da safra 2021/22 de café arábica começa a ganhar ritmo no Brasil. Levantamento do Cepea mostra que, até a semana passada, as atividades estavam mais avançadas na Zona da Mata (MG), onde de 20 a 30% da produção total esperada havia sido colhida. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o início das atividades esteve mais lento neste ano em relação às safras passadas, devido à maturação tardia dos grãos, após o atraso e a desuniformidade das floradas em 2020. Entretanto, as expectativas são de que, agora, o ritmo de colheita comece a avançar entre o final de junho e começo de julho, com previsão de um maior volume de café chegando ao mercado no próximo mês. Quanto aos preços do arábica, estão recuando no Brasil e no mercado internacional. Nessa terça-feira, 22, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 826,92/sc de 60 kg, forte recuo de 5,7% no acumulado da parcial deste mês.

ARROZ: NESTA PARCIAL DE JUNHO, QUEDA DO INDICADOR CHEGA A QUASE 12%

Os preços do arroz em casca seguem em queda no Rio Grande do Sul. Na parcial de junho (até o dia 22), o Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz 58% de inteiros e pagamento à vista recuou 11,9%, fechando a R$ 69,89/sc de 50 kg nessa terça-feira, 22. Segundo colaboradores do Cepea, compradores acreditam que o maior excedente interno pode pressionar ainda mais os valores domésticos e, assim, buscam adquirir apenas pequenos volumes. Além disso, o aumento dos custos do transporte acaba pesando também sobre as cotações do cereal pagas ao produtor. Quanto à liquidez, um número ligeiramente maior de negócios envolvendo o casca foi captado pelo Cepea no spot sul-rio-grandense nos últimos dias, mas também cresceram os relatos sobre dificuldades de comercialização de arroz entre unidades beneficiadoras e atacadistas/varejistas. 

ALGODÃO: PRESSÃO COMPRADORA PREVALECE, E COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA

Os preços do algodão em pluma estão em queda no mercado brasileiro, influenciados pela pressão exercida por compradores. Na parcial de junho (até o dia 22), o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 5,1%, fechando a R$ 4,7836/lp nessa terça-feira, 22. Segundo pesquisadores do Cepea, observa-se oferta mais abundante por parte de tradings, que optam por redirecionar o produto ao mercado interno, que, por sua vez, também é abastecido pela pluma de pequenos e médios produtores, que normalmente negociam apenas com indústrias domésticas. Do lado da demanda, as recentes desvalorizações do dólar e dos contratos internacionais acabam diminuindo a paridade de exportação, levando compradores a reduzirem os valores para novas aquisições. No campo, aos poucos, a colheita da nova safra brasileira de algodão 2020/21 é iniciada. 

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