A colheita da safra 19/20 foi efetivamente iniciada em todas as regiões produtoras de café arábica e robusta. Apesar do adiantamento das atividades neste ano, o volume da temporada 2018/19 disponível no mercado ainda é significativo, segundo indicam colaboradores do Cepea. Alguns negócios de cafés remanescentes, inclusive, foram realizados nas últimas semanas, conforme a necessidade de caixa dos produtores. No geral, no entanto, a liquidez no mercado doméstico é considerada baixa, tendo em vista os menores preços interno e externo dos grãos, que estão próximos (ou, em alguns casos, até abaixo) dos custos de produção. Para o robusta, também não houve muito avanço no volume negociado. Nos últimos dias, negócios pontuais foram fechados no mercado físico, principalmente no início da semana passada. Na quarta-feira, 17, entretanto, as cotações externas de ambas as variedades tiveram forte queda, afastando os poucos vendedores do spot e reduzindo ainda mais a liquidez – para o arábica, os valores se aproximam de mínimas de 13 anos. Mesmo com a recuperação dos futuros na quinta-feira, 18, o feriado da Sexta-Feira Santa no dia 19 manteve agentes retraídos no final da semana passada.
ARROZ: PREÇO DO CASCA SOBE PELA 5ª SEMANA CONSECUTIVA
As cotações do arroz em casca subiram no Rio Grande do Sul pela quinta semana consecutiva, impulsionadas pela posição retraída de orizicultores e pela postura ativa das beneficiadoras para novas aquisições. Segundo colaboradores do Cepea, produtores seguem concentrados na colheita, seja de arroz ou de soja, enquanto algumas indústrias têm buscado repor estoques. O ritmo de vendas, por sua vez, está melhor do que o da primeira quinzena do mês, apesar da valorização do produto. Assim, de 16 a 23 de abril, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou alta de 1,3%, fechando a R$ 42,80/sc de 50kg nessa terça-feira, 23. No acumulado de abril (até o dia 23), o aumento é de 8,1% – o maior desde julho/18.
ALGODÃO: RITMO DE NEGÓCIOS SEGUE LENTO E PREÇO PERMANECE ESTÁVEL
O mercado doméstico de algodão em pluma segue com baixa liquidez. Conforme colaboradores do Cepea, há indústrias em busca de lotes de boa qualidade, enquanto outras seguem utilizando a pluma contratada e/ou em estoque. Alguns compradores, ainda, estão interessados em adquirir lotes para entregas nos próximos meses. Do lado vendedor, muitos estão firmes nos preços pedidos, mesmo para os lotes mistos em qualidade. Parte dos produtores está fora do mercado spot, focada na entrega de contratos da safra 2017/18. Comerciantes, por sua vez, procuram lotes para cumprir programações e realizam negócios “casados”. Neste cenário, de 16 a 23 de abril, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, permaneceu praticamente estável (-0,14%), fechando a R$ 2,9194/lp nessa terça-feira, 23. Em abril (até o dia 23), o Indicador registra queda de 0,52%.
LEITE: APESAR DA MENOR LIQUIDEZ, PREÇO DO UHT REGISTRA 3ª ALTA SEGUIDA
O preço médio do leite UHT subiu pela terceira semana consecutiva no atacado do estado de São Paulo. Entre 14 e 20 de abril, o derivado teve média de R$ 2,5486/litro, 2,54% superior à da semana anterior. Para o queijo muçarela, a valorização foi menor, de 0,33% na mesma comparação, fechando o período de 14 a 20 com preço médio de R$ 17,8796/kg. Conforme colaboradores do Cepea, apesar da menor liquidez por conta do feriado na sexta-feira, 19, os valores foram sustentados pelo aumento das cotações do leite no campo. Participe da pesquisa do leite UHT e do queijo muçarela no atacado de São Paulo e receba informações exclusivas.