O clima mais firme tem favorecido a colheita do café da safra 2020/21 em todo o Brasil. Segundo agentes consultados pelo Cepea, até a última semana, cerca de 37 a 48% da produção esperada havia sido colhida no País. Para o arábica, as atividades estão mais avançadas no Noroeste do Paraná, com o volume colhido se aproximando dos 60% do total. Apesar de as chuvas pontuais em julho terem prejudicado um pouco a bebida de alguns lotes, de maneira geral, a qualidade desta temporada está sendo satisfatória, com alto volume de cafés com bebida superior e boa peneira. Com o avanço dos trabalhos, agentes consultados pelo Cepea esperam que um maior volume de café novo chegue ao mercado nos próximos dias. Quanto à colheita de robusta 2020/21, já está caminhando para o final no Espírito Santo. Segundo agentes consultados pelo Cepea, as atividades na praça capixaba estiveram entre 80 e 90% da produção esperada até a última semana. Muitas lavouras apresentam menor produção frente à safra anterior, em decorrência de adversidades climáticas durante a florada e de enchimento de grão. Além disso, a alta produção nas temporadas anteriores também influenciou a redução do potencial produtivo da safra 2020/21. De maneira geral, a liquidez do robusta na praça capixaba tem sido superior que a do arábica. Muitos produtores, no entanto, ainda estão à espera de maiores preços para negociar.
ARROZ: INDICADOR FECHA ACIMA DOS R$ 64,00/SACA E RENOVA RECORDE NOMINAL
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul voltou a ficar aquecido, segundo pesquisas do Cepea. Boa parte das indústrias/beneficiadoras do estado manteve o interesse por novas aquisições, com o objetivo de repor estoques, mesmo com certa dificuldade nas negociações do cereal beneficiado com atacadistas e varejistas de grandes centros consumidores. Ainda, há a expectativa de preços mais firmes, devido aos baixos estoques de passagem. Neste cenário, as cotações do arroz em casca seguiram em alta. De 7 a 14 de julho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada) apresentou aumento de 2%, indo a R$ 64,35/sc de 50 kg na terça, 14, renovando o recorde nominal.
ALGODÃO: COM AGENTES RETRAÍDOS DO MERCADO, NEGÓCIOS NO SPOT FICAM LIMITADOS
O número de agentes ativos no mercado de algodão em pluma é baixo, contexto que tem limitado os negócios no spot, de acordo com levantamento do Cepea. Parte das indústrias trabalha com a matéria-prima recebida por meio de contratos a termo, enquanto cotonicultores estão focados na intensificação da colheita e no beneficiamento. No geral, vendedores estão firmes nos valores pedidos. Entre 7 e 14 de julho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu ligeiro 0,39%, fechando em R$ 2,7136/lp nessa terça-feira, 14.