Após as altas temperaturas e a baixa umidade registradas em janeiro, as chuvas retornam às principais regiões produtoras de café do Brasil neste início de fevereiro. As precipitações e o calor menos intenso nos últimos dias aliviaram, em parte, as condições das lavouras. Entretanto, agentes consultados pelo Cepea, apontam que, em algumas regiões, os volumes de chuvas ainda têm sido insatisfatórios. Assim, cafeicultores consultados pelo Cepea devem seguir atentos ao clima nas próximas semanas. Quanto ao mercado interno de arábica, segue lento. Assim, os preços domésticos tiveram pouca oscilação. Nessa terça-feira, 13, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 408,98/saca de 60 kg, queda de 2,7% em relação à terça anterior, 5. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 304,50/saca de 60 kg nessa terça-feira, 12, leve queda de 0,2% em relação ao dia 5.
AÇÚCAR: PREÇO DO CRISTAL SEGUE FIRME DESDE O INÍCIO DE FEVEREIRO
O preço do açúcar cristal negociado no mercado spot do estado de São Paulo vem se sustentando neste início de fevereiro, de acordo com pesquisas do Cepea. Apesar de pequena variação, as médias semanais vêm subindo desde janeiro/19. Na última terça-feira, 5, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 70,27/saca de 50 kg, o maior patamar nominal de toda a temporada, que se iniciou em abril/18. De maneira geral, a movimentação seguiu calma, tendo em vista que a oferta, em especial para o açúcar Icumsa 150, esteve restrita e a demanda, baixa. De 4 a 8 de fevereiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 69,95/saca de 50 kg, alta de 0,94% em relação à de 28 de janeiro a 1º de fevereiro (R$ 69,29/saca de 50 kg).
ARROZ: NEGOCIAÇÕES SEGUEM LENTAS; INDICADOR RECUA
O preço do arroz em casca no Rio Grande do Sul recuou e as negociações estiveram lentas na primeira quinzena de fevereiro. Algumas indústrias demonstram fraco interesse por novas aquisições, especialmente pelo arroz “livre” (armazenados nas propriedades rurais), reduzindo o valor ofertado. O fraco desempenho das vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores brasileiros e o início da colheita, mesmo que em poucas localidades, enfraqueceram o movimento no mercado de casca. Outras empresas, por sua vez, estiveram fora de compra, trabalhando com o produto já adquirido. Do lado vendedor, parte dos produtores consultados pelo Cepea cedeu à pressão compradora, efetivando as negociações, seja por necessidade de “fazer caixa” ou pela limpeza do silo para receber a nova safra. Por outro lado, alguns orizicultores permanecem recuados, devido ao pouco arroz disponível ou pela venda de toda a safra 2017/18. Assim, de 5 a 12 de fevereiro, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, caiu 1,06%, fechando a R$ 39,97/sc de 50 kg na terça-feira, 9.
ALGODÃO: COM COMPRADORES CAUTELOSOS, LIQUIDEZ É LIMITADA
Compradores consultados pelo Cepea se mantêm cautelosos nas aquisições de pluma no mercado spot, trabalhando com o produto já contratado e/ou ofertando valores inferiores aos pedidos por vendedores. Assim, apenas alguns fechamentos têm sido captados no spot, ora com o comprador sendo flexível quanto à qualidade, ora o vendedor cedendo quanto ao preço. Vale ressaltar, no entanto, que muitos vendedores com pluma de melhor qualidade seguem firmes nos preços pedidos, enquanto outros permaneceram retraídos, apenas cumprindo entregas de contratos. Nesse cenário, entre 5 e 12 de fevereiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 2,9416/lp na terça-feira, 12, estável (+0,05%) em relação à semana anterior.
TOMATE: PREÇOS SE ELEVAM NO RJ E EM MG
Entre 4 e 8 de fevereiro, o tomate salada longa vida se valorizou. As altas mais expressivas foram nos atacados do Rio de Janeiro (RJ) e de Belo Horizonte (MG), com aumentos de 75,97% (R$ 57,00/cx de 20 kg) e de 67,22% (R$ 59,64/cx), respectivamente. Nesses mercados, a entrada, especialmente de frutos mais maduros e miúdos, não foi muito elevada se comparado com a Ceagesp, que fechou a semana com alta de 34,59% nas cotações (R$ 54,71/cx). Apesar da expectativa de pico de colheita da safra de verão, a queda das temperaturas nos últimos dias freou a maturação dos frutos que vinha acelerada, pressionando a oferta.