Chuvas ocorridas no final de setembro em boa parte das regiões de café arábica aliviaram produtores consultados pelo Cepea, visto que devem favorecer a abertura de novas floradas e também o pegamento das flores que já se abriram. As precipitações foram volumosas especialmente na Mogiana (SP) e no Sul e Cerrado Mineiros. Com a expectativa da abertura de novas floradas nos cafezais de arábica, o setor deve seguir acompanhando o clima no País, uma vez que a continuidade das chuvas será essencial para o pegamento das flores e para o desenvolvimento dos chumbinhos da safra 2020/21. Quanto ao robusta, o clima também favoreceu as lavouras do Espírito Santo. As estações de São Mateus e de Linhares registraram chuvas de, respectivamente, 23,4 mm e 15,8 mm entre 23 e 30 de setembro, segundo o Inmet. As precipitações, apesar de não tão volumosas, aliviaram produtores. Em relação ao mercado da semana, está calmo, devido à forte retração vendedora. Nessa terça-feira, 1º, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 439,25/saca de 60 kg, elevação de 1,4% em relação à terça anterior, 24. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 do robusta subiu 2,2%, a R$ 298,17/sc de 60 kg, na mesma comparação.
ARROZ: MENOR OFERTA E BOA DEMANDA MANTÊM PREÇOS FIRMES EM SETEMBRO
Em setembro, beneficiadoras consultadas pelo Cepea demonstraram maior interesse de compra, especialmente na primeira quinzena, devido à necessidade de atender à demanda dos setores atacadista e varejista e também para cumprir com os contratos de exportação. Diante da posição recuada dos orizicultores, indústrias aumentaram os valores ofertados para as novas aquisições, até mesmo buscando na propriedade do produtor. Do lado produtor, uma parcela esteve retraída nas vendas no mercado doméstico, direcionando alguns lotes para exportação ou comercializando outras commodities. Agricultores capitalizados, por sua vez, indicaram menor necessidade de “fazer caixa” neste final de mês, adiando as negociações na expectativa de preços maiores para os próximos períodos. No mês, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 1,9%, fechando a R$ 45,57/sc de 50 kg. A média mensal, de R$ 45,40/sc de 50 kg, está 3,7% acima da de agosto/19, mas 0,2% abaixo da do mesmo período do ano passado.
ALGODÃO: PREÇO OSCILA EM SETEMBRO, MAS MÉDIA MENSAL SE SUSTENTA FRENTE A AGOSTO
De acordo com pesquisas do Cepea, os preços do algodão em pluma oscilaram no correr de setembro, mas, no balanço, a média mensal ficou praticamente estável frente à de agosto – esse movimento, vale lembrar, foi verificado após o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, cair por quatro meses consecutivos. A sustentação veio da firmeza de vendedores, que estiveram afastados do spot em boa parte de setembro, priorizando os embarques destinados à exportação e ao mercado doméstico. Essa postura esteve fundamentada nos patamares mais elevados dos preços internacionais, na maior paridade de exportação e na baixa disponibilidade de pluma de qualidade. No geral, esses cotonicultores estiveram atentos à finalização da colheita da temporada 2018/19 e ao beneficiamento, com muitos afirmando já ter a maior parte da produção comercializada. Do lado das indústrias, muitas utilizaram a matéria-prima estocada, enquanto outras trabalharam com a pluma recebida de contratos.